Marista Lab

Dicas para você perder o medo de fazer a redação do Enem e de vestibulares

Share on whatsapp Pinterest LinkedIn Tumblr

A prova que avalia a escrita no Enem e nos vestibulares assusta muitos alunos, mas existem formas de fazer esse processo ser bem mais simples do que parece. Sim, existe mesmo!  

Desde a entrada no Ensino Médio, os alunos já sabem que dali algum tempo precisarão enfrentar a prova para o “start da vida adulta”: a universidade. Tensão, insegurança e falta de concentração são alguns dos sentimentos manifestados nos alunos que estão se preparando para o vestibular.

A revisão de conteúdo que foi aprendido durante toda vida, assim como assimilação e aprofundamento deles durante os três últimos anos do ensino, com ainda mais ênfase durante o terceiro ano, faz uma infinidade de inseguranças aparecerem nos adolescentes. Mas existe uma disciplina que faz os alunos tremerem ainda mais: a redação.

Com a pontuação elevada na maioria dos vestibulares, a prova de redação traz uma complexidade que muitas vezes ultrapassam os temidos cálculos matemáticos e as questões de físicas. “Os estudantes  sofrem porque, muitas vezes, falta repertório para construir a argumentação da redação. Eles aprendem a estrutura, o gênero textual, mas não conseguem relacionar sua argumentação ao contexto atual”, explica a professora de língua portuguesa do Colégio Santa Maria, Waldeneia Martins.

Como adquirir um bom repertório para encarar todas as redações

Escrever é estar antenado com o que acontece no mundo. Dos fatos do mundo pop, geek, sobre a última descoberta científica, os assuntos da economia, política e muito mais. E, claro, é ter uma opinião sobre essas ocorrências de grande alcance.

Além de uma estrutura gramatical correta, as melhores redações se destacam e conquistam as maiores notas, são aquelas que argumentam o tema pedido e até mesmo problematiza o assunto com bons argumentos, claro, com coerência e objetividade.

Contextualização vai além da redação  
A Professora Waldeneia ainda explica que por isso são trabalhados a contextualização de referências interdisciplinares levadas pelos alunos, debates de diferentes assuntos atuais em sala nas aulas de Língua Portuguesa. Tudo isso é importante para aumentar o repertório sociocultural.

A produção de textos, na perspectiva sociointeracionista, trabalhada pelo Marista, pede que o texto seja considerado em um contexto sócio histórico, como uma negociação entre o interlocutor e quem o lê. Por isso, o trabalho de desenvolver no aluno a capacidade de escrita, não só para o vestibular, como para o uso durante toda sua vida, é também dar a oportunidade de que ele desenvolva sua própria voz, com capacidade de defender ideias e escrever textos com finalidades específicas.

Com as aulas de redação, os alunos aprendem a desenvolver senso crítico, além das possibilidades de questionamento de seu próprio aprendizado, através da reescrita, correção e avaliação. Como bônus, o desenvolvimento de estilo e manifestação de criatividade, que podem desenvolver ainda mais confiança em seus talentos específicos. “Criar é a competência almejada pelos professores de Língua Portuguesa, porque, com ela, o estudante criará seu estilo e produzirá textos diferentes do “padrão vestibular”, mas com qualidade”, explica Waldeneia.

Como saber mais do que as regras gramaticais


Mas saber usar as regras gramaticais corretamente, assim como ter noção de mundo, é suficiente para ter um bom desempenho na redação?

O Enem cobra conhecimento por meio da proposta de intervenção, que precisa estar alinhada a bons argumentos e, para isso, ter conhecimento das políticas públicas no Brasil é tão importante. E onde aprendemos sobre políticas públicas? Em todas as áreas que dialogam com Língua Portuguesa.  

Cada vez mais os estudantes percebem que o estudo de Língua Portuguesa não anda isolado, mas que percorre várias áreas de conhecimento. Se não sei interpretar textos, não saberei interpretar um problema de matemática e assim será também com as outras disciplinas. Não pode esquecer que e a Sociologia, a Filosofia, a Geopolítica e a História são fundamentais na construção deste repertório.

Por isso, a interdisciplinaridade dentro das escolas é fundamental nesse processo de aprendizado. Principalmente em um cenário como o que se apresenta agora, em função da tecnologia e mudanças intensas nos perfis comportamental do jovens.

Portanto, a qualidade de um texto não se limita ao “correto”. É preciso que ele discuta ideias, contextos sociais, atualidade, além de ter posições do autor.

Escrever para o professor ou para a prova de vestibular não garante nota. Aprender a desenvolver na escrita suas ideias, argumentos e demonstrar sua personalidade, gera no aluno autonomia e responsabilidade, não só para esse momento, mas para a vida toda.