Adolescência

Movimento maker promove experimentação e originalidade

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Proposta é que o estudante seja um sujeito ativo no processo de aprendizagem

Pensar fora da caixa e botar a mão na massa: essas são duas premissas básicas do movimento maker, que vem conquistando cada vez mais espaço na educação. O termo, derivado da cultura do “faça você mesmo”, propõe que os alunos sejam protagonistas, trazendo o conhecimento teórico para a prática. Quando aplicado no ambiente escolar estimula a criação, a investigação e a originalidade, estimulando o estudante a buscar soluções criativas trabalhando de forma colaborativa.

“Pensar o espaço de aprendizagem é também pensar a forma de se aprender. Quando rompemos com um layout tradicional de ensino, toda a relação educando-educador e ensino-aprendizagem ganha outro formato e os resultados são surpreendentes”, afirma Thiago Luiz Cachatori, coordenador pedagógico do Colégio Marista Anjo da Guarda, de Curitiba. Lá, existe o Espaço Maker, um local aberto a atividades multidisciplinares, onde os estudantes do Ensino Médio podem aplicar esse conhecimento na prática.

São muitas as possibilidades de aplicação do movimento maker, desde a realização de aulas expositivas até a construção de projetos nos quais o aluno é o protagonista. “Partimos da premissa de que, quanto mais ativo o aluno for no processo de aprendizagem mais eficaz será sua construção do conhecimento e compreensão do mundo”, ressalta o coordenador. A proposta do Espaço Maker é desenvolver não apenas competências curriculares, mas também habilidades que o estudante levará para a vida toda.

O conceito do movimento maker é que o estudante seja sujeito ativo no processo de aprendizagem, ficando o professor no papel de colaborador. Cachatori diz que, dessa forma, é criada uma cultura de aprendizagem que rompe com a lógica tradicional e envolve toda a escola. “A própria estruturação do currículo foi pensada em conjunto com esse espaço e o olhar dos educadores foi transformado a partir dessas mudanças vitoriosas”, comemora.

A cultura maker tem origem uma relação com a tecnologia e com a técnica, que se origina da cultura do Faça-Você-Mesmo ou, em inglês, Do-It-Yourself (ou DIY) e tem como princípio que pessoas comuns coloquem a mão na massa para construir, prototipar, fabricar, consertar e inventar e reinventar coisas já existentes, por meio de um trabalho cooperativo e colaborativo, troca de ideias e muita criatividade.

Um dos principais fatores que deram força para o movimento foi a crise do sistema capitalista no fim do século 20, que incentivou as pessoas a construir seus próprios bens.