Construir uma sociedade mais inclusiva é possível e esse processo passa pela escola
No dia 21 de setembro, é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi escolhida por ser próxima ao início da primavera, estação que marca o surgimento das flores. Esse acontecimento representa o nascimento e a renovação das pessoas com deficiência.
Construir uma sociedade menos capacitista, que reconheça as potencialidades das pessoas com algum tipo de deficiência é possível, e esse processo passa pela escola. Afinal, é na convivência que conseguimos minimizar mitos e preconceitos. Esses são somente alguns dos exemplos que mostram como é importante que as crianças com deficiência estudem em salas de aula comuns.
“Desta forma, os estudantes sem deficiência aprendem a aceitar e respeitar as diferenças e as especificidades dos seus colegas, aprendem sobre a diversidade humana e sobre as deficiências”, ressalta a especialista da área de Educação Básica do Grupo Marista, Regiane Ruivo.
Por que as salas inclusivas são importantes?
É preciso garantir o direito à educação na escola comum com os demais estudantes, sem segregação. Regiane ressalta que o que precisa ser eliminado da sociedade são as barreiras que impedem a inclusão escolar, ao invés de eliminar as crianças, adolescentes e jovens da escola comum e do relacionamento com a comunidade.
É importante lembrar que a convivência traz diversos benefícios. As crianças com algum tipo de deficiência têm melhor oportunidade de desenvolvimento nas escolas comuns junto com os outros alunos. Além disso, os estudantes sem deficiência aprendem a aceitar e respeitar as diferenças e as especificidades dos seus colegas, conhecem sobre a diversidade humana e sobre as deficiências.
Quais os desafios da educação inclusiva?
Mesmo com todos esses benefícios, quando se fala em educação inclusiva ainda existem muitos desafios a serem superados. Uma das questões é o acolhimento, aceitação e respeito aos estudantes com algum tipo de deficiência.
“Também é fundamental a formação dos professores para que conheçam as deficiências, suas especificidades, recursos, metodologias e estratégias de trabalho”, observa a especialista. Outro ponto de atenção é que as escolas forneçam as tecnologias assistivas adequadas para cada estudante, além de materiais didáticos e paradidáticos acessíveis.
Para a construção de uma educação inclusiva, é importante ainda a informação e formação de toda a comunidade educativa.
Confira como as escolas podem atuar na educação inclusiva:
– Matricular os estudantes independentemente do seu tipo de deficiência, de acordo com a disponibilidade de vagas;
– Oferecer o apoio necessário, como o profissional de apoio escolar previsto pela legislação, para aqueles estudantes que demandem mediação pedagógica e ou apoio nas atividades de vida diária;
– Proporcionar a formação continuada dos docentes e demais profissionais;
– Entender e disseminar a importância da educação inclusiva;
– Buscar a parceria entre escola, família e rede de apoio para a promoção de uma educação inclusiva de qualidade.
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