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Escola das Famílias

Dois ditados contraditórios norteiam uma boa parcela da população no que diz respeito ao conhecimento. Há aqueles que acreditam que “em terra de cegos, quem tem olho é rei”. Estes se dedicam com afinco à busca de saberes e diferenciais que os permitam evoluir com conhecimentos renovados e aprendizados constantes. No extremo oposto há quem pense que “a ignorância é uma benção”.

Não podemos cair na armadilha de educar os filhos de forma cega, viciando-os em ser atendidos, permitindo, por exemplo, o consumo de bebidas em plena adolescência ou o uso de telas na madrugada, trazendo graves prejuízos ao seu desenvolvimento. 

É difícil imaginar uma família brasileira na qual, aqui e ali, o uso de telas não se torne uma baita discussão: “Desligue essa tela!”, “Vai dormir!”, “Você não acha que está usando demais?”, “Vem jantar!”, “Olha para mim quando falo com você”. 

Vivemos em um tempo de muita abundância: temos hoje mais informações, longevidade, liberdades e acesso a bens inimagináveis há décadas atrás. Com o avanço dos procedimentos estéticos e mais informações sobre qualidade de vida, podemos dizer que estamos até mais bonitos do que há cinquenta ou cem anos atrás.

Na infância, é comum ouvir uma criança dizer, com toda a espontaneidade, quais são seus planos para o futuro: “Quando crescer, quero ser astronauta!”. O sonho, a imaginação, pensar no futuro, são fontes de criatividade, algo lúdico, leve e gostoso. Mas por que isso tão frequentemente se perde no decorrer dos anos, para onde vai aquela nossa criança interior?