Determinar e cumprir objetivos definidos para o grupo é essencial para não passar dos limites e evitar problemas
Quem nunca criou ou não está em diversos grupos de WhatsApp que jogue a primeira pedra (ou levante a mão). Seja da família, do condomínio, da escola, ou do trabalho, eles estão presentes nos telefones celulares de praticamente todos os usuários.
O objetivo desses grupos deve ser sempre o de facilitar a comunicação e fortalecer os vínculos. Por isso, é aconselhável perceber se esses objetivos estão sendo cumpridos, especialmente em grupos dos pais da turma das crianças. Portanto, se as conversas se transformarem em críticas maldosas sobre a postura de professores, alunos ou pais, está tudo errado.
Para evitar “passar dos limites”, o psicólogo, escritor e palestrante Marcos Meier dá uma dica fácil de ser usada: “O que vou escrever, eu diria diretamente para a professora ou para outro pai ou mãe de aluno no mesmo tom? Se não, é melhor não escrever”. Outro fator que pode ajudar a manter o controle é refletir se, daqui a cinco anos, o assunto terá a mesma relevância que tem neste momento.
“Se não tiver importância nenhuma, talvez o problema esteja na minha forma de perceber o fato e não no fato em si”, explica.
De que forma agir caso se sinta agredido?
Se algo dito no grupo possa ter causado alguma ofensa, o psicólogo diz que o melhor a fazer é postar publicamente uma mensagem chamando a pessoa para entrar em contato de modo privado e, então, conversar sobre a situação de forma mais direta e, assim, fica mais fácil de esclarecer algum mal-entendido.
Quem faz parte de qualquer grupo, sabe que desentendimentos são relativamente comuns e cabe ao administrador reforçar quais são os objetivos e os cuidados que devem ser tomados com o conteúdo das mensagens. É importante lembrar que o administrador do grupo pode inclusive ser corresponsável em alguma eventual ação indenizatória, caso não tome medidas contra textos contendo preconceito, calúnia ou injúria.
Como evitar problemas em grupos de WhatsApp?
Como forma de evitar problemas, sugere-se criar um texto padrão de orientação e, em caso de desrespeito, pedir que alguém retire algum post inadequado.
“Tudo com respeito, carinho, numa boa. Nada de descarregar nos grupos todas as frustrações do trabalho ou da vida”, salienta Meier.
Todos os assuntos que não contribuírem para o crescimento do grupo devem ser tratados pessoalmente. Por exemplo, a mãe da menina que levou um empurrão de um menino não deve transformar o grupo numa arena de críticas contra os pais da criança.
“Ninguém vai ganhar nada com isso. Ela deve entrar em contato no privado e perguntar (antes de criticar algo) o que foi que realmente aconteceu”, aconselha o psicólogo.
Os comentários estão desativados.