Cantos e danças são parte essencial das comemorações para se divertir em família
“Cai cai balão, cai cai balão, aqui na minha mão, não cai não, não cai não, não cai não, cai na rua do sabão”, quem nunca ouviu essa canção? As músicas juninas são parte essencial das comemorações de São João e, mesmo que a festa este ano seja realizada em casa, devido ao distanciamento social, ainda é possível aproveitar e se divertir em família.
Algumas são canções tradicionais que não têm autor definido, já outras como “Olha Pro Céu”, de Luiz Gonzaga, ficaram muito conhecidas e foram regravadas por diversos músicos ao longo do tempo.
A professora de Música do Colégio Marista Anjo da Guarda, em Curitiba, Andréa Bernardini, conta uma história curiosa envolvendo a festa de São João e o universo musical: as notas musicais que conhecemos hoje (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) foram batizadas partindo de um texto sagrado em latim do hino a São João Batista, um dos santos homenageado nas festas juninas, ao lado de São Pedro e Santo Antônio.
“As notas musicais surgiram de um poema feito há mais de 1.200 anos para São João Batista. A partir dele, há cerca de 1 mil anos, um monge chamado italiano Guido d’Arezzo (992 — 1050) utilizou as sílabas iniciais de cada verso para dar nome aos sons pra facilitar o solfejo”, explica Andréa.
O monge dava aulas de coro e era difícil cantar os sons sem ter um nome. Ao longo do tempo, o sistema de d’Arezzo sofreu algumas pequenas transformações: a nota Ut passou a ser chamada de dó, para facilitar o canto com a terminação da sílaba em vogal.
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