A geração Z, jovens nascidos entre 1990 e 2010, tem mudado a forma de usar a internet. Isso é o que mostra o estudo “The future of social media” publicado pela revista americana Dazed Studio em março de 2023. Os dados revelam que o tempo de uso de aplicativos de mídia social tem reduzido significativamente entre os jovens.
A pesquisa entrevistou 600 jovens que, em sua maioria, falaram que mudanças de prioridades de vida motivaram a redução do uso das redes. Essa transformação privilegia a saúde física e mental em detrimento do uso exagerado de telas. A professora de Ensino Médio do Colégio Marista Brasília, Ana Bárbara da Silva Nascimento, explica melhor:
“A diminuição se deve a uma onda de percepção de que aquilo pode ser um espaço adoecedor. A rede social espelha uma realidade que nem sempre é o mundo vivido, o que pode gerar um sentimento de mal estar, frustração e insatisfação com a própria vida
Ou seja, essa geração está consciente de que o excesso de uso das mídias sociais pode ser prejudicial para a saúde mental. Além disso, outras preocupações envolvem uso de dados e falta de segurança no ambiente digital.
Por que os jovens estão reduzindo uso das redes sociais?
A partir do momento em que os jovens tomam conhecimento dos prejuízos que as mídias sociais podem causar, buscam o caminho inverso. Com isso, atividades de lazer, exercícios físicos, alimentação saudável e estar na natureza passam a ocupar um lugar importante na rotina.
Essa onda de consciência acontece, de acordo com o estudo, porque a geração Z tem buscado menos exposição nas redes. Parte disso foi gerado por questões que envolvem bullying, cancelamento e crimes digitais, ressalta a professora. “A rede social trouxe muitos benefícios, mas é importante saber que não é uma terra de ninguém. Quem comete algum crime na internet, será responsabilizado”.
Em resumo, o uso excessivo das redes sociais têm um impacto significativo no bem-estar, especialmente dos adolescentes, podendo causar problemas como:
Comparação social: um dos aspectos negativos das redes sociais é a tendência de se comparar com os outros. Isso pode levar a sentimentos de inadequação, baixa autoestima e ansiedade.
Dependência: o tempo em plataformas sociais pode interferir nas atividades diárias, como estudo e interações pessoais. Além disso, a exposição a conteúdos como cyberbullying, discursos de ódio ou imagens perturbadoras, pode causar estresse e ansiedade.
Imagem corporal e autoestima: as redes sociais, muitas vezes, promovem padrões irreais de beleza e estilo de vida. A exposição constante a essas publicações pode levar à insatisfação com a própria aparência e impactar negativamente a autoestima.
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