A primeira grande preocupação para quem tem filhos é encontrar a escola perfeita. Muitos pensam que a escola perfeita é a que consegue os melhores resultados no Enem, outros dão mais atenção ao ambiente escolar mais acolhedor e estimulante, e muitos outros seguem as novas mais “tendências” que surgem no mercado, com seus muitos idiomas e abordagens de nomes modernos. Mas antes de esta busca se concretizar, é preciso saber por onde não começar.
Educação 1.0 e 2.0
Em 1804 os liceus franceses lançaram a Educação 1.0. Estas eram escolas politécnicas, onde a padronização e a educação em massa eram primordiais para que uma formação uniforme fosse altamente garantida. O professor cumpria seu papel de autoridade máxima, enciclopedista e repetidor de tarefas, pois acreditava-se que só a partir do controle total é que uma boa educação poderia ser garantida. Mas o que não se pode controlar é a mudança, principalmente na sociedade, e esta é a força que muda a escola.
Por isto, no século XX nascia, junto com a Primeira Grande Guerra Mundial, a educação 2.0, também conhecida como a educação do professor. Este, por sua vez, consegue mais liberdade para flexibilizar seu próprio currículo, e autonomia em valorizar o individualismo e liberalismo em uma sala de aula experimental e reorganizada ao seu redor.
Isto tudo soava muito melhor do que os padrões tecnicistas do séc. XIX, até que se descobriu que o aluno também deveria ser considerado no processo de ensino aprendizagem.
Educação 3.0 está em todos nós e em cada um de nós
A Educação 3.0 está voltada para a prática da criatividade, liderança, emotividade, estética e cooperação. Sua palavra de ordem é o “engajamento” para que o aluno exerça um papel mais ativo em sua própria educação, inserido em uma sala de aula coletiva, acolhedora e integradora da diversidade.
Para este cenário, está nascendo um professor dinâmico, envolvente, atraente que divide e aprende com seus alunos. E esta escola já existe, quem sabe até mais perto do que você possa imaginar, e não se deixe enganar pela difusão exagerada da tecnologia como característica principal deste cenário escolar.
A tecnologia deve ser uma de várias ferramentas para que o aprendizado aconteça de forma inovadora, e concentre-se no fator conexão – a escola moderna e idealizada é a que oferece espaços para que alunos, professores e famílias se conectem ao bem maior, para que a sociedade do conhecimento seja vivenciada de forma democrática e real.
De acordo com a educadora Érika Varaschin, o aluno 3.0 tem uma altíssima capacidade intelectual e um amplo potencial acadêmico, porém baixa autoestima e uma certa tendência à vitimização. “É de suma importância que os pais saibam preparar seus filhos para os desafios da vida adulta moderna, sem super protegê-los de forma excessiva e deixando claro que suas escolhas têm consequências, e que eles precisam se responsabilizar por elas.”
“A escola 3.0 está preparada para lidar com a diversidade e valores modernos, mas sem o apoio familiar o caminho é mais árduo e incerto,” explica a educadora.
Pequenos passos são dados diariamente na direção deste futuro educativo tão promissor, e cabe a cada um de nós contribuir para esta evolução.
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