Uma das principais bases de uma escola Marista é ter um ensino de valores. Certo. Até aí, para você familiar, nenhuma novidade. Mas, no que exatamente isso consiste? Como isso é trabalhado no dia a dia dos alunos? Pois, um dos pilares desse trabalho, é o desenvolvimento do protagonismo juvenil, através, também do trabalho da Pastoral Juvenil Marista.
Muitos responsáveis pelos alunos não entendem muito bem do que se trata a Pastoral e a relacionam diretamente com a religião, com a catequização, assim como os alunos, que muitas vezes deixam de conhecer e participar desse trabalho por esse mal-entendido.
O objetivo principal desse grupo é promover o bem, a solidariedade e despertar nos alunos um senso de liderança, promovendo a acolhida, o diálogo e a intervenção dentro da sociedade, pensando assim em fazer dela mais justa e melhor para todos. Além disso tudo, é um importante instrumento para ajudar a desenvolver a identidade do aluno.
“Atualmente, a atuação dos jovens na construção do futuro tem sido cada vez mais importante, sendo que eles ajudam na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e se engajam em causas sociais importantes. Eles são considerados os movedores do mundo em que vivemos. Então, o protagonismo juvenil acontece quando o jovem toma a frente de várias iniciativas para o bem comum, quando ele procura ter acesso a uma liderança, se envolvendo em diversas causas para o bem do outro. Se cada um fizer a sua parte e se empenhar da sua maneira para fazer algum tipo de ação, a construção de um mundo melhor acaba sendo mais favorecida, sem ter medo ou receio de fazer algo”. Quem explica é o Igor Martins, ex aluno Santa Maria e participante da Pastoral há 9 anos. Iniciou seus trabalhos na PJM, durante a 7ª série, participando de encontros semanais e se envolvendo sempre em ações e eventos. Atualmente faz parte da PJM universitária e do Laicato Jovem, além de atuar como catequista voluntário no Colégio Santa Maria.
Assim como Igor, muitos alunos saem da escola no Ensino Médio e continuam atuando na Pastoral após a entrada na faculdade, além de levar os valores aprendidos para toda a vida. E esse é o principal objetivo: de desenvolver através da entidade o protagonismo juvenil. Uma vez que os jovens vivem experiências como visitas a comunidades mais carentes, desenvolvimento de trabalhos com os moradores, como construção de casas, reparos, doação de alimento entre outros.
É um caminho sem volta. O conhecimento da realidade de pessoas que vivem na mesma sociedade, mas afastadas pelas desigualdades, criam nos jovens um senso de responsabilidade, além da vontade de criar um futuro mais igual e justo para todos. “Eu continuo até hoje porque me identifiquei muito com o trabalho da Pastoral. Foi onde criei minhas verdadeiras amizades e onde posso sempre praticar as ações voluntárias, onde a gente doa sem nada em troca. Para mim hoje, ser Marista é um verdadeiro estilo de vida”, conta o voluntário Igor.
Mas e como fica a religião no meio de tudo isso, já que os valores Maristas vem de um propósito cristão?
“A Pastoral está sim diretamente ligada a Igreja Católica, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo e se embasando em seus conhecimentos. Mas ela não se restringe apenas as pessoas que seguem o catolicismo, sendo aberta também a outras pessoas que vivenciam outras crenças e que seguem outras religiões, sem preconceitos e distinções”, explica Igor.
O que caracteriza e traz a questão religiosa para o trabalho são os valores do evangelho, com vida e práticas solidárias. Mas no final, o resultado da filosofia é de estimular o aluno a ter pensamento crítico, se engajar na solidariedade, tornando-os responsáveis por suas escolhas, agindo de maneira ética e humana no mundo atual. Portanto, o objetivo não é catequizar o aluno que não possui esse interesse, mas trazer para sua vida uma visão mais ampla da própria sociedade em que está inserido e, principalmente, como modificá-la.
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