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O verdadeiro sentido do feminismo na sociedade moderna

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As mulheres lutam desde o séc. XIX pelo direito de votar, pelo seu lugar nas universidades e por seu espaço no mercado de trabalho. Outras lutas diárias são travadas a cada minuto, no mundo inteiro, por meninas e mulheres que decidiram se unir por um bem muito maior – o bem geral de tudo e de todos, afinal, o que seria do mundo sem as mulheres? Do milagre da vida à enorme capacidade de liderança feminina, as mulheres ocupam um lugar privilegiado em todo e qualquer âmbito social e cultural. Ou pelo menos deveriam ocupar.

É importante ressaltar que o feminismo não é simplesmente uma oposição ao machismo, e sim, a reiteração de que somos todos iguais, independentemente do nosso gênero, e que seria muito mais inteligente de nossa parte aceitar que as nossas diferenças nos fortalecem e nos completam.

Mas qual é o papel da escola neste cenário?

A escola deve ser um ambiente de total segurança para que meninos e meninas possam aprender a lidar com suas inseguranças, incertezas, e principalmente, com as diferenças. E as ações pedagógicas podem iniciar debates saudáveis sobre padrões de beleza, assédio sexual e moral, violência contra a mulher, pré-conceitos e estereótipos enraizados em nossa cultura como separação de meninos e meninas nas modalidades de educação física, ou até a expectativa de que os meninos, por natureza, se saem melhor em matemática do que as meninas.

É preciso falar sobre feminismo, trazer o assunto à tona para que os estudantes possam praticar sua criticidade sob a mediação dos professores, os quais precisam estar muito bem preparados para garantir o bom entendimento entre todas as partes. Há vários exemplos de eventos estudantis que apoiam o protagonismo feminino em suas várias formas, seja no esporte, seja nas intelectualidades. O primeiro passo é ouvir o que nossas meninas querem, respeitar suas escolhas e garantir que elas tenham as mesmas oportunidades que nossos meninos, tanto dentro, quanto fora da escola.

Outro aspecto que precisa, e muito, melhorar é a forma com que as escolas lidam com vítimas de assédio e violência sexual contra suas alunas. A série do Netflix “13 Reasons Why” é um exemplo do tipo de realidade estudantil americana onde meninas sofrem com o machismo cultuado e apoiado pela comunidade estudantil e até pela direção da escola. Outro exemplo bem comum é o esforço diário que os educadores, juntamente com diretores e equipe administrativa escolar, fazem para garantir que as meninas se vistam de forma apropriada dentro dos limites escolares para evitar que sejam assediadas pelos colegas, sendo que o mesmo esforço deveria estar sendo feito para ensinar os meninos a respeitarem as colegas, independentemente de suas roupas.

As redes sociais têm sido um campo fértil para o crescimento do feminismo não só como movimento, mas como valor. A rapidez com que a informação se espalha no mundo, e o fácil acesso de meninas e mulheres a estas mídias, fortalecem ainda mais a sororidade que busca incessantemente ser ouvida. 

Toda e qualquer mudança social só é possível por meio da educação, tanto em casa quanto na escola. O exercício da liberdade e da igualdade deve ser praticado por todos, desde os primeiros anos de vida, incessantemente, pois precisamos mudar hábitos e quebrar paradigmas tão antigos quanto a nossa própria história.  

Fontes: Nova Escola, Estadão e Carta Educação.

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