Redes de apoio são essenciais para pais se sentirem mais seguros e confiantes na relação com as crianças
Um provérbio africano diz que “é preciso uma aldeia para criar uma criança” e, de fato, é verdade. Mães e pais de crianças pequenas sabem que é preciso uma rede de apoio envolvendo avó, avô, primos e primas, tios e tias, amigos e quem mais tiver disposição para ajudar quando for preciso. Mas na forma como está organizada a sociedade contemporânea, nem sempre é possível que alguém tenha esse tempo disponível. Para ocupar esse espaço e atender essa demanda, existem grupos onde o compartilhamento de experiências ajuda a esclarecer muitas questões.
É compreensível que mães e pais, especialmente os de primeira viagem, acumulem uma lista de dúvidas sobre como educar os filhos. Afinal, são situações inéditas que precisam de uma ação imediata. “A rede de apoio é importante para estabelecer limites e instruir, para a formação de valores e educação e para dar suporte e amparo às necessidades emocionais dos filhos. A rede ajuda, ainda, as crianças a lidarem com as frustrações inerentes à vida”, reflete a psicóloga Michelli Duje.
Os temas que mais afligem os pais estão relacionados a como estabelecer limites e regras, como estimular a autonomia e questões sobre rotinas de alimentação, sono ou higiene. Ter a oportunidade de conversar e conhecer como outros pais tratam desses assuntos é muito enriquecedor. “A troca também proporciona momentos de afeto e diversão entre pais e filhos, tão essencial para o laço de confiança entre eles”, acrescenta Michelli.
Assim, quando os pais se sentem mais seguros e confiantes sobre as atitudes a tomar, os filhos também respondem de forma mais positiva. “Mantenham comportamentos que condizem com o que você quer ensinar ao seu filho. O valor do que é realmente importante é transmitido por comportamentos. É preciso dar o exemplo”, ressalta a psicóloga.
Mesmo dedicando grande parte do tempo para as crianças, também é saudável que os pais tenham um tempo para si. “A pessoa ainda precisa preservar o seu eu, tendo um tempo para si, para cuidar da saúde, ter os seus momentos de lazer, amizades, a sua atividade profissional, a sua vida de casal”, aconselha Michelli.
É válido lembrar que cada fase de vida da criança exigirá uma dedicação diferente, influenciando no tempo que os pais poderão se dedicar nesses outros campos da vida.
Os comentários estão desativados.