Confira quais são os resultados dos chamados vapes no cérebro de um adolescente
Os cigarros eletrônicos, mais conhecidos como vapes, se tornaram uma verdadeira febre nos últimos anos. Mas quais os efeitos que esse dispositivo pode causar nos adolescentes? Os cigarros eletrônicos normalmente contêm nicotina e outros produtos químicos nocivos à saúde. Veja como o vape afeta a saúde, especialmente dos jovens.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo National Institute on Drug Abuse, nos Estados Unidos, os adolescentes de hoje são mais propensos a usar cigarros eletrônicos do que antigamente. O número só aumenta: em 2019, 42,5% dos alunos do Ensino Médio relataram ter usado vape, contra 35,8% em 2017.
O que são vapes?
São dispositivos que aquecem um líquido em um aerossol que o usuário inala. O líquido geralmente contém nicotina, aromatizantes e outros aditivos. A nicotina vem do tabaco e é viciante.
Além da nicotina, o vape pode conter outros ingredientes potencialmente nocivos, como:
- Partículas ultrafinas que podem ser inaladas;
- Aromatizantes como diacetil, um produto químico que pode causar doenças pulmonares graves;
- Metais pesados, como níquel, estanho e chumbo.
O cigarro eletrônico é mais prejudicial para adolescentes
A adolescência é uma época de importante desenvolvimento cerebral. O cérebro começa a se desenvolver na vida intrauterina e continua até os 25 anos de idade. A exposição à nicotina durante a adolescência pode causar dependência e prejudicar o desenvolvimento.
Os adolescentes são mais propensos a se viciar?
Os cigarros eletrônicos são muito populares entre os jovens. Porém, é importante lembrar que ainda não foram regulamentados no Brasil, o que facilita a propaganda, a compra e o uso. No último ano, houve uma forte popularização do uso do vape em redes sociais com a divulgação de modelos de dispositivos e substâncias.
“A grande quantidade de publicidade e conteúdo combinada com as características do cigarro eletrônico: sem cheiro, sabor doce e uso fácil certamente incide sobre a aderência dos jovens”, ressalta o analista de Projetos Educacionais na área de Total Care do Grupo Marista, André Fabrício de Souza.
Quais são os principais riscos para a saúde?
Não importa como é entregue, a nicotina é sempre prejudicial. Os usuários correm o risco de expor seus sistemas respiratórios a produtos químicos extremamente nocivos. Por isso, o conselho da pneumologista do Hospital Marcelino Champagnat, Orjana Freitas, é passar longe do vape. “O ideal é que nem se inicie o uso, mas quando há sintomas de dependência química, deve ser buscado tratamento para evitar mais problemas futuros”, orienta.
Confira 5 formas de lidar com o uso de vape entre os adolescentes:
- Ressalte os malefícios à saúde: explique ao seu filho que o cigarro eletrônico pode causar dependência química, doenças inflamatórias pulmonares e alterações cardiovasculares.
- Converse com seus filhos: você pode influenciar a decisão dos adolescentes sobre o uso de cigarros eletrônicos. Mesmo que você mesmo tenha usado tabaco, seus filhos ouvirão se você discutir suas lutas com o vício da nicotina. Deixe claro que você não aprova que eles fumem ou usem cigarros eletrônicos e que espera que eles vivam sem tabaco.
- Explique que o aerossol não é inofensivo: Ele pode conter substâncias químicas nocivas, entre outras coisas, compostos orgânicos voláteis como o benzeno, encontrado no escapamento de automóveis. Os cientistas ainda estão trabalhando para entender melhor os efeitos à saúde, tanto para usuários que inalam de um dispositivo quanto para aqueles que são expostos ao aerossol.
- Alerte sobre os riscos para o cérebro: os cérebros em desenvolvimento dos adolescentes são mais suscetíveis ao vício. Os cigarros eletrônicos fornecem uma forma de inalar nicotina que é considerada mais viciante do álcool e outras drogas.
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