Escola das Famílias

Escola das Famílias | Pensamento científico, crítico e criativo 

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Durante a pandemia de COVID 19, um dos temas mais debatidos em nosso país foi a importância da ciência no combate à doença e na sua prevenção, quando já se tinha descoberto sua vacina. Há um consenso global de que a negação das descobertas científicas custa caro às pessoas e às nações. 

Países que investem mais em formação de cientistas tendem a ter desenvolvimento social mais sustentado. Isso porque estes investimentos de médio e longo prazo permitem saltos gritantes na prosperidade nacional. Enquanto temos visto um baixíssimo cuidado com a pesquisa no Brasil outras nações têm feito sua lição de casa com resultados acadêmicos e sociais incríveis. 

O pensamento científico, crítico e criativo não é algo relacionado apenas aos profissionais de jaleco branco, que vivem dentro de laboratórios, ou enfurnados em números, muito ao contrário.  

Advogados tributaristas que pensam soluções “fora da caixa” para as empresas que atendem, se destacam no mercado. Chefs de cozinha que criam novas formulações para públicos diversos também. O mesmo se pode dizer dos engenheiros que têm integrado à sua formação cada vez mais saberes como filosofia, relações humanas e design. Fisioterapeutas que criam novos métodos de reabilitação são disputados. 

As situações mais simples do dia a dia podem ser palco para a prática dessas habilidades. Pense em uma refeição feita em um lugar diferente da casa. Imagine pedir aos filhos que criem alguma formulação química caseira que possa ajudar na limpeza da casa e não seja agressiva ao meio ambiente. Considere uma pesquisa sobre reaproveitamento de alimentos que não foram usados no dia a dia. Em liderar uma campanha para coleta seletiva de lixo ou arrecadação de agasalhos iniciada pela sua família. No reaproveitamento de roupas usadas, antes de comprar novas. Sim, é no dia a dia que se inspira os filhos a buscarem respostas a perguntas como: 

  1. Qual o nosso desafio maior aqui? 
  1. O que já temos de informação sobre isso? Quais outros dados precisamos? 
  1. Qual é o nosso objetivo central e por que queremos resolver isso? 
  1. O que alguém já fez de semelhante que pode nos ajudar nesta situação? 
  1. Como podemos melhorar isso? 
  1. O que se sabe sobre este cenário/problema/desafio? 
  1. Quais as alternativas disponíveis diante dos resultados que temos em nossa frente? 
  1. O que ainda não tentamos? 
  1. Por que não____________?  
  1. E se___________________? 

Estas reflexões nos ajudam nas mais variadas situações, desde uma festa em família àquele trabalho escolar desafiador.  

Mantenha-as impressas em um quadro pequeno, na porta da geladeira e quando sua filha lhe perguntar sobre como lidar com alguma experiência, pensem juntos a partir destas 10 sugestões e vão agregando outras questões que flexibilizam a mente de sua família cada vez mais. 

Como você já percebeu, é importante que lembremos que esta competência é passível de ser desenvolvida até o último dia de nossas vidas, mas como tudo, quanto antes se começa, melhor.  

Só não espere resultados logo de cara, pois pode levar um tempinho para nos habituarmos com um novo modo de pensar: mais leve, mais aberto, mais criativo. O bom é que quando menos esperamos, nossa mente se abre. Os “músculos” da mente funcionam como os do corpo, precisam ser estimulados diariamente. 

Hoje se sabe que uma vida com curiosidade e abertura ao novo é uma fonte incrível de felicidade, pois com a mente aberta podemos experimentar uma vida mais rica e plena, em todos os sentidos.  

Na próxima vez em que se deparar com um problema, abra a mente às possibilidades e viva este momento com leveza, pois é com alma leve que se voa alto. 

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