Quando o protagonismo é exercido na infância, o aprendizado acontece em consequência de suas próprias realizações
A forma como a criança é vista no mundo contemporâneo mudou. Hoje, ela não é mais considerada como um “vir a ser”, mas é reconhecida como um ser pleno e ativo, alguém que pensa, sente, age e interage com o mundo que a cerca. Ela está apta a exercer seu protagonismo na infância. Por isso, deve ter as suas vontades e ideias respeitadas, o que lhe permite estabelecer valores e gerar significados.
Uma criança ativa, que consegue exercer o seu protagonismo, aprende como consequência de suas próprias realizações, ou seja, pelo diálogo, pela interação com os outros, pela experiência da vida coletiva com seus pares, com a cultura e com os adultos significativos que a rodeiam.
Incentivo
Para as encorajar neste sentido, é preciso que sejam reconhecidas como pessoas em desenvolvimento, mas que já estabelece as suas relações com o mundo, lembra a pedagoga Evelise Portilho.
“O adulto precisa ajudar a criança a equilibrar os seus direitos com os seus desejos. Antes de tudo, é preciso reconhecê-la como um ser com suas próprias vontades.”
Quando falamos em permitir a sua voz ativa é preciso citar também a autonomia. A escola, já na Educação Infantil, deve oportunizar experiências com objetos diversos e em diferentes situações, ajudando a criança a dar significado àquilo que faz. Evelise ressalta que ambientes estimulantes ajudam a criança a sair das regras estabelecidas e ir em direção à autonomia.
Além de poder contar com o incentivo da escola, é importante a contribuição dos pais neste sentido.
“Eles são importantes quando mostram para as crianças os limites e as possibilidades que estão à sua volta.”
Criar crianças como sujeitos ativos ajuda na construção de uma sociedade mais reflexiva, participativa e comprometida com bem comum de todos.
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