A natureza é um laboratório a céu aberto!

Explorar a natureza é um importante meio para o desenvolvimento infantil

Crianças exploram o mundo à sua maneira, em busca de conhecer, interagir, sentir e experimentar. Mesmo durante a pandemia, quando não está sendo possível visitar parques e bosques, ainda é possível experimentar a vivência da natureza no quintal de casa ou até mesmo em apartamentos, se dedicando, por exemplo, a plantar vasinhos de temperos ou flores.

“Entendo a importância do ambiente como um potente espaço de educação que, quanto mais for flexível, atualizado e sensível às necessidades das crianças, mais funcionalidade terá para o seu desenvolvimento. A natureza é um precioso laboratório a céu aberto”, descreve a coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista Arquidiocesano, Rosana Aparecida Marin.

Benefícios da proximidade com a Mãe Natureza

Além de ser uma atividade prazerosa para fazer em casa durante o tempo de distanciamento social, plantar e explorar elementos da natureza como pedras, galhos e folhas incentiva o aprendizado sobre sustentabilidade, ciclo de vida, origem dos elementos, cuidado, respeito, amor, cooperação, colaboração, resistência, persistência, solidariedade e resiliência.

Rosana ressalta que a natureza é um rico universo de aprendizagens.

 “Sob essa ótica, podemos refletir: há forma mais didática de se aprender sobre ciclo de vida do que a oportunidade de observarmos o nascimento, crescimento e morte de um girassol, por exemplo?”, exemplifica.

Portanto, a natureza é um importante meio para o desenvolvimento infantil em todos os aspectos (físico, emocional, social, cognitivo e espiritual).

O brincar livre é outro benefício que a natureza oferece, um lugar onde as crianças podem ficar mais livres e dar asas à imaginação. A coordenadora lembra que os ambientes naturais incentivam a criatividade e a ressignificação de brinquedos e brincadeiras.

 “É um espaço que traz elementos que podem se transformar no que ela desejar, favorecendo brincadeiras mais criativas, interessantes e cooperativas”, observa.

Rosana lembra que não é necessário um grande espaço verde no quintal para trazer esse aprendizado aos pequenos.

“Qualquer vaso ou cantinho de plantio traz elementos que encantam: terra, tons de verde ou mais cores; texturas, espessuras e tamanhos variados; o fato de poder mexer com água, observando a terra molhada e o momento em que ela seca ativam a exploração e a curiosidade”, afirma.

Mediadas pelos adultos, as crianças podem aprender muito observando, mexendo, ajudando a cuidar e sendo instigadas sobre suas percepções e descobertas, verbalizando ou até mesmo registrando por meio de desenho ou escrita.

Veja alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas aos filhos:

• Quantos tons de verde nossos olhos podem captar nas plantas de determinado vaso?
• Como são as folhas? Macias como algodão ou precisamos ter cuidado, pois são ásperas e pontiagudas? São grossas, finas, compridas, curtas?
• Têm sementes? De quais formatos? Podemos provar com o nosso paladar ou não, pois não são favoráveis ao nosso sistema digestivo?
• Que cheiro têm? É bom?
• Temos diferentes plantas em casa para as compararmos?