É possível tornar mais palpável esse conceito tão abstrato para as crianças com propostas simples aplicadas ao cotidiano
Perguntas como “quando vai chegar o meu aniversário?” e “vai demorar muito para o Natal?” são corriqueiras no cotidiano de muitas famílias. Isso acontece porque as crianças ainda não têm internalizada a noção de tempo, um conceito ainda muito abstrato para elas. Ou seja, mesmo que o tempo marcado no relógio seja preciso, a compreensão sobre a sua duração pode variar.
No cotidiano, é fácil observar como as crianças percebem o tempo: o bolo pode parecer que demora muito para ficar pronto enquanto, na hora de parar a brincadeira para dormir, costumam achar que brincaram pouco, mesmo que já tenha se passado a tarde toda.
Como ensinar sobre a passagem do tempo?
Em casa, os pais podem ensinar sobre esse conceito de várias formas.
“Uma sugestão é trabalhar a noção de tempo que passa pelo corpo, em atividades como pular corda, que exige pular no tempo certo”, explica Antoniella Cavasin, a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba.
Outras sugestões que ajudam nessa compreensão é se reunir em família para ver fotos antigas, conversar sobre fatos que aconteceram antes da criança nascer, ou relembrar acontecimentos de quando ela ainda era bebê.
Passado, presente e futuro
Enquanto relembrar ajuda as crianças a entender sobre o passado, existem outras propostas para auxiliar na compreensão do futuro que passa pela projeção. Para isso, uma dica é colocar um calendário na parede da casa, em uma altura que a criança tenha acesso. Lá, é possível marcar datas esperadas, como finais de semana e aniversários, anotando quantos dias faltam para chegar.
Todos esses conceitos – passado, presente e futuro – devem ser inseridos aos poucos no cotidiano da família, trazendo para a prática o entendimento sobre o antes e o depois. É possível, por exemplo, explicar para os filhos que eles precisam fazer as atividades escolares antes do almoço e, depois, é hora de brincar ou que é necessário primeiro arrumar a cama para depois ficar livre para outras atividades.
“Isso diminui a ansiedade a criança e trabalha a espera, importante para entender sobre o tempo. Assim vamos proporcionando com que a criança perceba e viva o tempo de espera, de saudosismo e de ação”, observa a coordenadora.
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