Simples e fáceis de fazer podem ajudar muito no cotidiano das famílias
Quando os pais estão trabalhando em home office, precisam fazer uma reunião, ou simplesmente arrumar a casa, e as crianças brigam, ficam nervosas e gritando. Essa é uma cena comum para muitas famílias, e a tática mais usual é recorrer às telas para entreter as crianças. Mas será que elas conseguem se acalmar de verdade diante de celulares, tablets ou TV? Conheça truques para acalmar as crianças sem usar a tela!
Em um primeiro momento, pode parecer que sim. Mas a realidade é que, pouco tempo depois, é como se essa energia retornasse em dobro. Ou seja, as telas não são a forma mais adequada de lidar com essa situação. O mais indicado é aplicar técnicas que ajudam na compreensão dos sentimentos e ensinam a se acalmar.
Quem é mãe e pai sabe que é desafiador minimizar o uso das telas, afinal, as crianças passam muito tempo dentro de casa durante a pandemia. Mas é possível oferecer alternativas que vão suprir o tempo com mais qualidade, como atividades artísticas e brincadeiras, por exemplo.
A importância do brincar para o desenvolvimento
Além de entreter, o brincar possibilita à criança imaginar, criar, expressar, descobrir e fazer de conta, seja interagindo com o outro, com objetos diversos ou com elementos da natureza.
“O brincar contribui para que a criança expresse o que sente e pensa sobre o mundo de uma forma única”, descreve Márcia Sayoko Nanaka, coordenadora pedagógica da área de Educação Básica do Grupo Marista.
A brincadeira é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança, por isso o tempo livre é tão importante para as atividades acontecerem de forma espontânea. Ao brincar, a criança aprende sobre cooperação, comunicação e acerca da relação com os demais, desenvolvendo a noção de respeito por si e pelo outro, assim como a sua autoimagem e autoestima.
A autonomia vem das experiências que a criança vivencia
“Em momentos em que os pais estão dedicados a permanecer com a criança, é importante que as ensinem a brincar com independência oferecendo brinquedos ou jogos, adequados a faixa etária”, lembra a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Paranaense, Sibele Dal’Col Guimarães.
Algumas sugestões são os jogos de montar, de encaixe, quebra-cabeças assim como carrinhos ou bonecas que permitam o jogo simbólico.
“Quanto mais a criança exercitar o brincar, a regra do jogo e a criatividade maior será sua autonomia”, reforça Sibele. Isso vai favorecer a criança a se manter entretida com outros elementos que não necessariamente ligados a tecnologia.
Confira métodos para acalmar o seu filho sem usar a tela:
- Seja um espelho: não grite de volta quando ele estiver nervoso. Reconheça as frustrações do seu filho, mostrando que você compreende que ele pode ficar chateado ou triste, mas que está ali para o apoiar.
- Use o cérebro: a próxima vez que seu filho estiver soluçando tanto que você nem mesmo acha que ele consegue ouvir o que você está dizendo, chame sua atenção fazendo algo inesperado, como pedir que cite cinco coisas que são azuis ou três coisas que ele possa tocar agora. Isso o ajudará a deixar de usar a parte emocional de seu cérebro para a área lógica e ele começará a se acalmar.
- Envie energias positivas: quando a criança está prestes a chorar, entoar o mantra “om” pode ajudar a evitar as lágrimas. Cada som que fazemos carrega uma vibração que afeta uma área particular do corpo, e “om” ressoa no coração, evocando sentimentos de paz.
- Crie um abraço diferente: se o seu filho se sentir triste ou ansioso, pode se acalmar com um abraço de “borboleta”, cruzando os braços na frente do próprio corpo, como se estivesse se abraçando, respirando lentamente. Essa estimulação ajuda a reduzir o estresse emocional.
- Ensine a respiração profunda: mostre ao seu filho as técnicas de respiração abdominal, ensinando a inspirar lentamente com o nariz, enchendo a barriga como se fosse um balão e, em seguida, expirar devagar pela boca. Repita essa sequência três vezes.
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