Personalização da aprendizagem é uma das principais contribuições
O mundo como o conhecemos está funcionando com base nos recursos da inteligência artificial. Assistentes virtuais gerenciam nossos calendários. O Facebook sugere novos amigos. Computadores ‘negociam’ nossas ações. Existem carros que estacionam sozinhos e o controle de tráfego aéreo é quase que totalmente automatizado. Praticamente todos os campos se beneficiam dos avanços da inteligência artificial, inclusive a educação.
Uma das muitas aplicações da inteligência artificial (conhecida também pela sigla AI – artificial intelligence) na educação se destina a melhorar e aprimorar os processos de ensino. “Nesse contexto, talvez a maior contribuição seja a personalização da aprendizagem, ou seja, garantir que cada aluno tenha um aprendizado personalizado de excelência”,afirma Thiago Feijão, cofundador da Eduqo, startup de educação e tecnologia que auxilia mais de 400 escolas no Brasil com foco em personalização da aprendizagem através da inteligência de dados.
Personalização
Para explicar o conceito, Feijão parte do princípio de que todo o processo pedagógico passa pela reflexão do ‘o que’, ‘como’ e ‘por que’ uma criança tem que aprender. Dentro do conceito de personalização, há muita atenção em ‘o que’ o aluno tem que aprender, dado a nossa tendência histórica de focar no currículo.
“No entanto, o ‘como’ é tão importante quanto. O ‘o que’ está focado no currículo e conteúdo, e o ‘como’ diz respeito à metodologia”, explica.
Nesse sentido, os próximos passos da inteligência artificial no mundo pedagógico serão focados no ‘como’. Isto é, dar aos professores um melhor entendimento de como os seus alunos aprendem e permitir que possam customizar o currículo de acordo com as necessidades individuais.
Estima-se que hoje, cerca de 20% das escolas privadas do Brasil já contem com algum tipo de AI. Durante a última década, aplicações de inteligência artificial abordaram vários desafios de aprendizagem, incluindo processamento de linguagem, raciocínio, planejamento e modelagem cognitiva.
Papel do professor
O uso da inteligência artificial permite que muitas tarefas administrativas sejam automatizadas, o que vai facilitar com que o professor tenha mais tempo para focar no aprendizado dos estudantes. Como consequência, a tendência é que se concentre no ‘como’ e no ‘por que’.
Cada aluno é único e tem sonhos, contextos e modos de aprendizagem diferentes. Por isso, o principal desafio é encontrar uma forma de ajudar a todos, respeitando essas diferenças. As ferramentas geradas com os recursos da AI permitirão que cada aluno aprenda do seu jeito.
“Para nós, significa dar a oportunidade para que o sonho e o talento de cada criança sejam respeitados e conectados com o processo de aprendizagem”, descreve Feijão.
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