A educação é o caminho para um mundo mais justo, pacífico e livre. Como seres humanos e sociais, precisamos aprender o que é igualdade, praticar a empatia e trabalhar para o bem geral. Um propósito educacional transformador deve se apoiar em pilares que beneficiem o desenvolvimento pessoal, social e profissional de todos nós. E temos provas diárias de que é através da educação que conseguiremos viver de forma plena uns com os outros – a educação deve servir à evolução das relações humanas de forma prática e acessível.
Foi pensando nisto que a Unesco publicou um documento universal que prescreve 4 pilares essenciais para a educação. E é sobre o primeiro pilar que vamos abordar agora: Aprender a Aprender.
O mundo moderno é altamente eficaz e tecnológico, onde o tempo e espaço têm ganhado dimensões cada vez amplas. Esta tecnologia deve estar sempre a favor do bem-estar humano e da utilização consciente dos recursos naturais dos quais ainda dispomos. E é aí que o conhecimento precisa estar inserido.
A escolarização de nossas crianças e adolescentes não pode mais servir ao padrão industrial do século passado, época em que o mercado de trabalho suplicava por trabalhadores capazes de agir inconscientemente para a produção em massa.
Precisamos agir no presente para criar um futuro mais promissor em todas as áreas de conhecimento. E acredite, nossos estudantes já nascem prontos para isto, basta oferecermos a eles o estímulo, ambiente e ferramentas adequadas para agir em conformidade com sua realidade já tão moderna e carente.
Só damos sentido ao aprendizado quando sabemos como adquiri-lo. Nossos jovens precisam ter a chance de experimentar estratégias variadas para que possam produzir e agir em seu próprio processo de aprendizagem de forma constante. Quando o aluno está completamente engajado e comprometido com seu aprendizado, ele reconhece o que funciona e o que não funciona em seu cotidiano acadêmico. E a escola precisa lhe proporcionar tanto um mediador, quanto um ambiente propícios para que este engajamento seja duradouro.
Como mediador do aprendizado, o professor utiliza ferramentas de avaliação de sondagem e formativa para qualificar as habilidades de seus alunos, e com eles, agir a favor de um plano de ação que privilegia o indivíduo, sem compará-lo com a média dos alunos de sua idade ou série escolar. Como ambiente propício, a escola acolhe o aluno e suas potencialidades, lhe dá liberdade de escolha e de atuação, e considera suas ideias e contribuições como atos de transformação social.
Quando o aprendiz percebe que possui, em si mesmo, a energia propulsora do conhecimento, ele consegue transformar toda e qualquer vivência em aprendizado real. É como se um menu enorme de possibilidades acadêmicas lhe fosse apresentado, de onde ele tem o poder de escolha sobre o que mais lhe deseja adquirir naquele momento.
Esta atitude mais livre, flexível e responsável, se bem orientada e acompanhada, dá vazão para a formação de um indivíduo com alta capacidade de pensamento crítico e forte atuação no meio onde vive. Seu poder transformador é amplificado quando sua sede de conhecimento é inspirada por suas conquistas, por sua própria história.
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