Adolescência

Fake News: como a escola pode ajudar a combater o bombardeio de notícias falsas?

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Fake News tem sido um dos assuntos mais discutidos no mundo inteiro. Mas o que é isto? O termo Fake News vem da língua inglesa (notícia falsa) e se remete à toda e qualquer informação publicada, principalmente, mas não exclusivamente, em mídias digitais, que não são verdade, ou são distorcidas para favorecer alguém ou algo. Este tipo de notícia sempre existiu, mas com advento da internet e das redes sociais, ficou muito mais fácil a divulgação em massa de informações falsas. Os criadores e propagadores de Fake News geralmente têm a intenção de ganhar dinheiro, conseguir mais acessos e likes, chamar a atenção do público ou até tentar influenciar pessoas para pensar de determinada forma.

Especialistas em educação estão preocupados com o fato de muitas pessoas, principalmente crianças e adolescentes, vejam tantas Fake News que não conseguem mais discernir o que é verdadeiro e o que é falso. O maior receio é que os jovens se sintam ainda mais inseguros em relação às informações que eles recebem, que eles comecem a perder o interesse em saber o que acontece pelo mundo.

Em países como os EUA, as escolas já incluíram em seu currículo disciplinas que ensinam os jovens a reconhecerem as notícias falsas que vêm por aí. Uma destas disciplinas foi criada em 2008 e chamada de News Literacy Projet (Projeto de Alfabetização de Notícias) que já está sendo oferecida em modo presencial e online por mais de 3.300 educadores dos 50 estados americanos e em mais 69 países. O foco principal destas aulas é desenvolver o pensamento crítico dos estudantes, fazer com que eles consigam classificar as fontes mais confiáveis de informações, e considerarem primeiramente os fatos para se basearem em suas convicções.

De acordo com um estudo da BBC em 18 países, 8 em cada 10 pessoas se preocupam com os efeitos das Fake News. Uma pesquisa realizada pela Ofcom (grupo responsável por monitorar o que passa nas TVs e rádios inglesas) em 2017 divulgou que metade das crianças inglesas com idade entre 12 e 15 anos buscam notícias nas redes sociais (Snapchat, Facebook e Twitter).

como saber o que é falso e o que é verdade?

No Brasil a situação é ainda mais alarmante, pois estamos vivendo tempos de enorme instabilidade política. Nos anos em que temos eleições, o cenário é ainda mais aterrorizante, pois muito dinheiro é investido para propagar falsas histórias a fim de denegrir a imagem de um partido ou candidato político. As maiores redes de televisão, rádio e revistas/jornais brasileiras podem sim receber dinheiro de partidos políticos para divulgarem Fake News deliberadamente, mesmo porque não existe uma legislação bem definida e ativa para punir quem publica este tipo de notícia. Alguns projetos de lei já tramitam no senado brasileiro, com punições severas de até R$ 50 milhões para os canais que não retirarem as Fake News do ar em até 24 horas. Mas o caminho para a aprovação destas leis é longo e demorado, e até lá, precisamos estar todos atentos, conscientes e agir de forma seletiva quanto aos meios de comunicação dos quais nos informamos.

Fontes: Agência Brasil, El País, BBC e Quartz.

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