Adolescência

Intercâmbio: como lidar com os filhos que vão estudar fora?

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Envolvimento da família é fundamental para gerar confiança e tranquilidade

Não é incomum que quando chega a hora de ir para a faculdade no exterior, a família sinta falta do filho que foi morar longe. Por mais que essa sensação seja inevitável, é possível tentar minimizá-la com algumas recomendações simples. O envolvimento da mãe e do pai ao longo de toda a jornada, desde a tomada de decisão até a preparação para a viagem, é fundamental para facilitar o processo e gerar mais confiança.

“Estar ao lado do aluno faz com que a concretização de ir morar fora seja também uma conquista para toda a família, que dividirá esse sentimento e não focará tanto na saudade e nos receios da distância”, ressalta o sócio-diretor da consultoria educacional Daqui pra Fora, Pedro Lunardelli.

Os pais podem dar assistência identificando oportunidades de atividades extracurriculares e compreendendo os momentos de stress, afinal, é um caminho longo e o cansaço pode aparecer em forma de irritação.

Informação é tudo

A insegurança dos pais que acaba surgindo nesse período pode ser amenizada com algumas atitudes simples.

“A primeira é cercar-se de informação, pesquisar sobre os locais onde se pretender fazer a graduação, tanto em relação à cidade, clima e costumes, quanto ao próprio ambiente acadêmico e à grade curricular”, explica.

Também é válido consultar uma consultoria, que pode dar suporte durante os anos de faculdade fora do país. Para driblar as inquietações, é interessante manter o diálogo sempre aberto e evitar nutrir muitas expectativas.

“Manter o diálogo ajuda o jovem a conversar sobre seus objetivos, receios e escolha por ele próprio a carreira que pretende seguir”, afirma Lunardelli.

Por isso, ele aconselha a não definir se seus filhos vão estudar aqui ou no exterior, o que precisa ser feito é deixar as portas abertas. Assim, caso tenham essa oportunidade no futuro, estarão preparados.

Sem expectativas

Evitar a pressão está entre as atitudes que podem auxiliar o jovem a escolher um caminho com mais assertividade. Isso porque, mesmo que inconscientemente, muitos pais acabam gerando muitas expectativas sobre o filho ingressar em universidades de renome, mas que muitas vezes não estão alinhadas ao perfil do estudante. Neste sentido, é importante lembrar que deve ser levado em consideração os interesses do jovem, e não somente a realização dos pais.

Como em toda a fase de transição, esse momento representa uma oportunidade de desenvolvimento crucial na vida de qualquer pessoa.

“Incentivar a autonomia pode ser doloroso no início, mas ajuda o jovem a confiar na sua capacidade de solucionar questões do cotidiano. Os pais sempre relatam essa experiência como enriquecedora no amadurecimento dos filhos”, conta Lunardelli.

Diante de todos os desafios que se apresentam, é importante focar nos benefícios gerados com essa experiência única, que faz todo o esforço valer a pena.

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