Todos os anos, o mês de setembro é marcado pelo Setembro Amarelo, uma campanha que pretende dar visibilidade e fornecer informações sobre a importância de falar a respeito do suicídio e da saúde mental.
Mesmo que seja difícil tocar em temas como esse com crianças e adolescentes, conversar sobre a valorização da vida é sempre uma boa estratégia. Com isso, se torna mais eficaz reconhecer eventuais problemas e evitar que os filhos enfrentem desafios ligados à saúde mental.
Além disso, manter um diálogo aberto possibilita monitorar as emoções e determinar o momento apropriado para intervir, caso seja necessário.
O que é o Setembro Amarelo?
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).
Qual é a importância de falar sobre saúde mental?
A campanha é fundamental para abordar a urgência de elaborar estratégias e ações, voltadas tanto para desmistificar a incidência do sofrimento emocional, quanto para propagar a valorização da vida.
“Portanto, se faz necessário assumir um compromisso com a vida, por meio da abordagem de temas que muitas vezes se tornam tabus, prejudicando o compartilhamento e o reconhecimento de vulnerabilidades intrínsecas a nós, humanos que somos”, ressalta Henrique Brojato, especialista na Coordenação de Cuidado Integral (Gerência de Identidade, Missão e Vocação) do Marista Brasil.
Somente assim, será possível avançar em direção a uma cultura do cuidado integral. Desta forma, se ampliam perspectivas, resultando em ações preventivas e de fortalecimento de habilidades socioemocionais e do autoconhecimento.
Como garantir cuidado com a saúde mental no Setembro Amarelo?
É muito importante que pais e responsáveis contribuam com a pauta da valorização da vida. Para isso, é preciso estar atento, além de assumir o papel de responsáveis por meio da prática dos limites e definição de responsabilidades.
Outro ponto importante é ter uma participação ativa junto à escola e outros contextos institucionais que o filho frequente. Por fim, é essencial, em casos em que seja necessário, acompanhamento psicoterapêutico ou outras formas de elaboração.
Alguns sinais podem indicar que a criança ou o adolescente necessita de cuidados. São eles:
Falta de interesse por atividades que gostava;
Desânimo em relação ao futuro e diante de desafios, acompanhado por uma preocupação excessiva com a própria morte;
Expressão verbal ou demonstração de pensamentos ou intenções suicidas;
Alterações no padrão de cuidados pessoais, incluindo negligência ou falta de autocuidado;
Modificações nos padrões de alimentação e sono;
Flutuações e instabilidade no estado de ânimo;
Suspeitas de consumo prejudicial de substâncias como álcool ou outras drogas;
Maior reclusão social, inclusive em relação a amigos e familiares;
Declínio no desempenho escolar;
·Prática de automutilação ou autoagressão.
“Pais, responsáveis e cuidadores precisam buscar uma aproximação, de forma respeitosa e não invasiva, por meio da demonstração de que é uma pessoa de confiança e questionando, de forma ativa, se algo não está bem”, orienta o especialista.
Portanto, abordar promoção da saúde e bem-estar é essencial para contribuir com uma cultura de cuidado integral e valorização da vida.
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