Tirar um cochilo desenvolve as capacidades intelectuais e favorece a aprendizagem
Quando nascem, os bebês passam a maior parte do dia dormindo. Com o passar dos meses, o tempo acordado aumenta, mas as sonecas durante o dia continuam sendo importantes. Os cochilos são fundamentais para o funcionamento fisiológico, metabólico e também para o fortalecimento da imunidade.
As sonecas são benéficas em qualquer faixa etária, desde que não tenham a função de substituir o sono noturno, lembra o neuropsicólogo Everton Adriano de Morais. “A partir dos 3 anos de idade, as estruturas de memória de longo prazo estão sendo finalizadas. O sono contribui muito para a fixação dessas memórias”, diz. Isso não quer dizer, ressalta Morais, que a criança não armazene informações antes disso, mas é por volta dessa idade que o processo se consolida.
Tirar um cochilo durante o dia favorece o processo cognitivo e contribui para desenvolver as capacidades intelectuais e, consequentemente, melhorar a aprendizagem. Essa pausa para o descanso tem um efeito restaurador no cérebro, o que o torna mais disposto a aprender.
Normalmente, em crianças pequenas, a soneca acontece duas vezes ao dia, de manhã e à tarde. O neuropsicólogo explica que a duração vai depender do organismo de cada um, mas o ideal é que não passe a tarde toda dormindo para não prejudicar o sono da noite.
“No início da manhã, a soneca é importante para o sono REM, onde o processo de funcionamento do cérebro gera os sonhos. À tarde, o cochilo tem a função de revitalizar o funcionamento do organismo, restaurando a energia física”, explica Everton.
O que se deve evitar, segundo o neuropsicólogo, é estabelecer um horário padrão que não respeite o ritmo e o organismo de cada criança. “Forçar a criança a dormir não é o mais adequado”, afirma. Ao invés disso, pode-se criar uma rotina que favoreça o descanso em determinados períodos, como deixar a casa mais silenciosa, deixar os ambientes à meia luz e evitar brincadeiras muito estimulantes.
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