Estudantes criam audiolivros para crianças cegas ou de baixa visão

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Projeto de alunos do Colégio Marista Arquidiocesano foi concedido à Fundação Dorina Nowill 

Turma do 2º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), criaram audiolivros para as crianças cegas ou de baixa visão. Os texto são totalmente autorais e produzidos para todas as crianças, em especial para aquelas da Fundação Dorina Nowill, que há mais de 70 anos se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão.

O trabalho foi orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pelas professoras Adriana Kosuzi e Vanessa Roselli e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender como necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

“Por meio de um texto lido na aula de Língua Portuguesa e as aulas de sensibilização para o projeto, os alunos despertaram o interesse em pesquisar como as pessoas com deficiência poderiam viver em um mundo de mais equidade. Assim, surgiu a ideia de criar os audiolivros”, explica a professora Vanessa Roselli.

Os Projetos de Intervenção Social (PIS) do Colégio Marista Arquidiocesano, deste ano, possuem como tema principal a “empatia”. As professoras deram início ao   projeto, descobrindo o significado dessa palavra e como as pessoas lidam com as emoções e os sentimentos.

As crianças ouviram a história sobre o Morcego Bobo, escrita por Tony Ross e Jeanne Willis, que mostra que se colocar no lugar do outro e sentir o que ele sente ajuda a entender sua visão de mundo, e uma audiodescrição, para tentar imaginar como uma pessoa cega pode entender as imagens faladas. Assistiram também a um curta-metragem chamado Reach, leram o livro “O monstro das cores”, escrito e ilustrado pela arte-terapeuta Anna Llenas, e com ele, fizeram uma atividade de Matemática, usando gráfico de barras.

A partir das etapas descritas, os estudantes se interessaram pelos deficientes visuais e quiseram fazer algo por eles. Assim, foram criadas duas histórias diferentes: “Nina em seu primeiro dia de aula”, produzida pelo grupo do 2º ano E, e “Aventura e investigação em Tóquio”, criada pelos alunos do 2º ano F.

“Ambas foram transformadas em audiolivros e entregues para as crianças da Fundação Dorina Nowill, em um encontro presencial, ocorrido no Arquidiocesano”, revela a professora Adriana Kosuzi.

Os alunos também pretendem fazer um bazar com doação de roupas infantis que será entregue à instituição, reconhecida por sua produção e distribuição gratuita de livros em braile, falados e digitais acessíveis, diretamente para o público e também para cerca de 3000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.

Sobre os Colégios Maristas

Os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos integrados por formação, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em transformação constante. Saiba mais em   www.colegiosmaristas.com.br.