Veja dicas de livros infantis para ajudar as crianças a compreenderem o assunto
Neste dia 2 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007 e, desde então, cartões-postais de vários países ao redor do planeta se iluminam de azul para lembrar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A cor azul foi escolhida como símbolo do autismo por uma razão. Sabe-se que a maioria das pessoas com autismo é do sexo masculino. Isso não significa que a condição não se apresente no sexo feminino, porém, as mulheres representam 1 a cada 4 casos diagnosticados.
Anualmente, a ONU elege temáticas chaves para a data. Em 2021, o tema irá envolver os desafios na inclusão no mercado de trabalho da pessoa com autismo, especialmente focando nos desafios e oportunidades no mundo pós pandemia.
Qual é a importância da data?
A celebração da data tem a intenção de informar, conscientizar e disseminar gentileza e suporte tanto para o indivíduo com autismo quanto para a sua família.
“Serve para dar visibilidade à esta condição ao grande público, assim como chamar as autoridades públicas para a ação na construção de políticas públicas de saúde e educação para esta parcela da população”, ressalta a advogada Elyse Matos, que criou junto com o marido, o engenheiro Emiliano Matos, o ICO Project.
O projeto, concebido em homenagem ao seu filho Enrico, de 11 anos, diagnosticado com autismo aos 3, busca levar mais qualidade de vida para crianças e adolescentes com TEA.
Como melhorar a inclusão das pessoas com autismo?
Respeitar e aceitar o próximo e as suas diferenças sempre será a base de uma sociedade mais justa e inclusiva. Portanto, além de valores da família, o ambiente escolar exerce papel fundamental.
“É na convivência com aqueles que são diferentes de nós que desenvolvemos tolerância e respeito. Aceitar e incluir são as premissas que devemos buscar para nossas crianças e adolescentes, tenham elas autismo ou não”, conclui Elyse.
Conversar com uma criança sobre o que é TEA pode não ser tão fácil, mas alguns recursos podem ajudá-las a entender, de uma forma lúdica e de fácil compreensão, a importância de conhecer e promover a inclusão.
Veja dicas de livros infantis para ajudar a explicar o autismo para os pequenos:
Um livro diferente
Com 28 páginas, o livro de Anita Brito é um material paradidático que trabalha a inclusão desde os primeiros anos escolares. Toda em rimas, a historinha ajuda a criança a entender que todos somos diferentes. É um livro que traz conscientização a todos sobre a importância da inclusão. A principal mensagem da obra é: “Ser diferente é normal, e ser normal é ser feliz!”.
Meu amigo autista
Pode uma criança de nove anos escrever sobre autismo? Pode! Maria Eduarda Loureiro Grund o fez! Escreveu um livro sobre sua amizade com João Pedro, seu novo colega de classe, um menino com autismo. No livro, a criança poderá despertar um interesse por esses amigos especiais atípicos e verá que suas características não os impedem de ser e ter amigos legais.
O menino só
O livro de Andrea Viviana Taubman é um bom exemplo na literatura infantil, no qual a autora fala que há muitos meninos sós no mundo. “O menino só” fala de forma poética sobre o complexo e pouco conhecido mundo das crianças autistas, que não apresentam estigmas físicos visíveis, mas têm necessidades muito específicas para poder se desenvolver.
Meu amigo faz iiiii
Em seu livro infantil, a jornalista Andréa Werner conta a história de dois coleguinhas de escola. Bia, a narradora, percebe que seu colega Nil tem alguns comportamentos diferentes. Orientada pela professora, começa a observá-lo para tentar compreendê-lo. Uma ótima forma de ensinar as crianças a encararem a diversidade como algo natural e positivo!
A escova de dentes azul
Não tem como não citar nesta seleção o livro de Marcos Mion, apresentador do programa Legendários, da TV Record, que tem um filho com autismo.
“Esse é um livro que escrevi com o objetivo de ajudar meu filho a viver num mundo mais consciente, mais tolerante, mais respeitador e menos desinformado e menos preconceituoso”, escreveu Mion a respeito de seu livro infantil.
A onda azul
Maira Alves e Adriano Machado são os pais de um menino com autismo, Bernardo. Junto com a amiga e escritora infantil Marismar Borém, tiveram a ideia: “Que tal escrever um livro infantil sobre uma criança autista?”. A seis mãos, decidiram tratar de forma leve uma questão complexa que ainda precisa ser desvendada.
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