Praticar a solidariedade traz muitos benefícios para toda a sociedade
Ajudar o próximo e ser solidário são alguns ensinamentos que todas as mães e pais querem passar para os filhos. Especialmente em momentos difíceis, como o que vivemos diante da pandemia do novo coronavírus, exercitar a solidariedade contribui com o bem comum de toda a sociedade. Além disso, praticar ações sociais beneficia ambos os lados: quem recebe e quem estende a mão.
Quem nunca ouviu falar que sentiu muita leveza e paz após praticar um ato de solidariedade?
“As práticas sociais podem contribuir com o sentimento de bem-estar na medida em que as pessoas possuem senso de consciência social e sentimentos condolentes com relação ao próximo, sendo capaz de enxergar e se comover diante de situações adversas”, ressalta o coordenador da Pastoral do Colégio Marista Arquidiocesano, Osmar Rezende.
Nesse sentido, muitas pessoas optam em dar um passo a mais sendo capaz de orientar os esforços em prol da ação transformadora da realidade, tanto no aspecto pessoal quanto no comunitário:
“Para que eu esteja bem, necessito que o outro também esteja bem”, lembra Rezende.
Nessa direção, o bem-estar passa a fazer parte da vida, conectando por meio de experiências e vivências significativas de reciprocidade, de participação e engajamento.
Como aprimorar a empatia?
Aprender a ser empático traz muitos benefícios para o desenvolvimento, internalizando conceitos como ética, responsabilidade, gratidão e altruísmo. O coordenador da Pastoral observa que o sentimento de empatia pode ser aprimorado quando existe o reconhecimento da “outridade” (ou alteridade). Isso quer dizer que ela não se constitui de gestos automáticos, mecânicos e nem mesmo comoção superficiais.
“Podemos dizer que o aprimoramento da empatia perpassa por ações que exigem disponibilidade em doar e a disponibilidade de receber”, explica.
Por isso, estar disposto ao diálogo é sempre a melhor solução para aproximar todas as pessoas e favorecer a unidade social em meio às diferenças.
Qual é a importância de conhecer outras realidades?
Quando crianças e adolescentes têm a oportunidade de conhecerem outras realidades, há a possibilidade de compreenderem e aprofundarem, ao longo de seu desenvolvimento, articulações que dizem respeito a questões políticas, sociais e ambientais.
“Quando estão inseridos nesse contexto, podem defender interesses coletivos, combatendo os mecanismos que engendram a violência, a miséria e a exclusão”, sublinha Rezende.
Ou seja, por meio da perspectiva solidária, as crianças e adolescentes são sensibilizados a “aprender a ser” e “aprender a viver juntos e com os outros”. Ao longo da vida, a tendência é que desenvolvam projetos comunitários locais, globais e sustentáveis que vão beneficiar toda a sociedade.
Campanha “O Amor Contagia”
A exemplo do que Rezende explica, a pandemia do novo coronavírus salientou a necessitade de empatia, união e cooperação por parte da sociedade. Desde iniciativas individuais de ajudar o próximo, até ações mais complexas, os exemplos são variados por todo o Brasil.
No Paraná, diversas entidades e empresas se uniram em prol da campanha “O Amor Contagia”, que surgiu da preocupação com o atendimento da população mais vulnerável do Estado no contexto da pandemia do coronavírus. A coalisão é para propiciar um canal confiável, a fim de captar e destinar recursos para ajudar os hospitais que estão atendendo a população no enfrentamento da COVID-19.
A campanha nasceu da união das promotorias de justiça do Ministério Público do Paraná e Ministério Público do Trabalho que firmaram uma parceria com a UFPR e a Funpar. Logo em seguida se uniram ao grupo Instituto GRPCOM, Grupo Marista, PUCPR, Instituto Positivo, a comissão do Terceiro Setor da OAB-PR e associações da sociedade civil organizadas com sede no Estado. A expectativa é que mais organizações integrem o grupo e ajudem a fortalecer ainda mais a iniciativa.
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