Seguir a classificação dos aplicativos é essencial para escolher o que a criança deve ou não acessar
Não dá para negar que as crianças conhecem o Instagram. Mesmo que não tenham uma conta, acabam olhando para o celular da mãe e do pai e se interessando pelas imagens bonitas e vídeos engraçadinhos da tela. Até aí, tudo bem. Mas será que um Instagram direcionado às crianças seria bom?
O Instagram confirmou que uma versão do popular aplicativo para crianças menores de 13 anos está em desenvolvimento. A empresa, de propriedade do Facebook, divulgou que essa nova versão permitiria mais controle por parte dos pais. A política atual do Instagram proíbe crianças menores de 13 anos de usar a plataforma.
Seguindo a mesma linha do Youtube Kids, a intenção é oferecer a plataforma como um meio das crianças se conectarem. Um recurso de inteligência artificial será utilizado para reconhecer a criança que vai acessar a rede, mantendo-as protegidas.
O desenvolvimento de um produto Instagram para crianças segue o lançamento do Messenger Kids, em 2017, voltado para crianças de 6 a 12 anos. Após o lançamento, um grupo de defensores da infância enviou uma carta ao CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pedindo para descontinuar o produto e citando a pesquisa de que “o uso excessivo de dispositivos digitais e mídia social é prejudicial para crianças e adolescentes, tornando muito provável que este novo aplicativo prejudique o desenvolvimento saudável das crianças”.
Como os pais podem agir para garantir a segurança?
É importante que sempre seja seguida a classificação dos aplicativos, isso já ajuda a escolher o que a criança deve ou não acessar.
“Com esse controle dos pais fica ainda mais limitado acesso à rede, fazendo com que eles consigam seguir os “rastros” da criança nesses aplicativos”, ressalta o analista de Tecnologia Educacional do Colégio Marista Criciúma, Tiago Roque.
Como orientar as crianças a agirem com segurança na internet?
Para todos os aplicativos, principalmente aqueles que usamos para nos comunicar, jogar ou interagir, o correto é sempre instruir e também conscientizar as crianças dos riscos. É dever dos pais orientar sobre os cuidados com seus dados pessoais, localização, fotos que são tiradas e enviadas a amigos.
Confira quatro formas de ser responsável na internet:
1. Converse com o seu filho: explique a todo momento sobre os perigos, como é importante se manter seguro e com privacidade, mesmo on-line.
2. Adote as regras da família: é possível usar os princípios da família sobre o que é permitido e o que não é. Estabelecer as consequências de quebras destas regras e fazer o uso de sistemas de controles parentais é fundamental.
3. Ensine a identificar fraudes: as crianças precisam aprender a evitar conteúdos on-line suspeitos. Ensine os seus filhos a analisar informações e perceber links maliciosos para não cair em roubada.
4. Mostre as configurações de privacidade: você pode ensinar seus filhos a usar as configurações de privacidade e apenas compartilhar suas informações com pessoas que eles conhecem pessoalmente. Revise regularmente esses dados e explique por que é preciso alterar configurações específicas para a segurança digital.
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