Se seu filho está sentado em uma sala de aula hoje, há uma grande possibilidade de que ele trabalhe em uma carreira futura que ainda não foi descoberta. A geração atual de estudantes já experimenta uma realidade muito diferente da de seus pais e professores. A forma de aprendizagem mudou e, com isso, a maneira de ensinar também. Muitas dessas transformações foram impulsionadas pelo uso da tecnologia.
Esse cenário é confirmado por diversas pesquisas, como a realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. O estudo mostrou que cerca de 70% dos jovens brasileiros usaram a internet como apoio nos estudos em 2017. Vamos ver qual é o perfil deste novo estudante.
Como a tecnologias influencia o aprendizado do novo estudante?
O avanço das tecnologias torna o acesso à informação instantâneo, gerando uma enxurrada de possibilidades sobre um determinado tema. O desafio, neste momento, é direcionar este acesso de forma assertiva, mostrando as possibilidades e indicando os melhores caminhos.
Diante disso, não é mais possível pensar em aprendizado sem tecnologia. Alguns recursos que possibilitam a imersão em um universo virtual (como o Minecraft Education), costumam fascinar os estudantes.
São ferramentas usadas com foco educativo, influenciando as práticas educacionais associadas ao uso das novas tecnologias, explica a consultora de Matemática do Grupo Marista, Janice Pereira Miki de Lima:
“Imagine a possibilidade de construir uma cidade sustentável de forma colaborativa ou elaborar o projeto de uma ponte treliçada com esse recurso”.
Diante deste cenário, como criar proximidade com o aluno?
É importante que os professores e a escola estejam em sintonia com o estudante e suas particularidades. Compreender esse contexto que se desenha a partir do uso intenso das tecnologias possibilita a criação de uma atmosfera favorável à convivência. Somente a partir do exercício da alteridade este caminho se torna possível.
Neste contexto, algo que funciona muito bem é o uso de ferramentas e aplicativos de forma compartilhada por toda a comunidade escolar.
“O perfil das escolas em redes sociais pode ser um recurso para aproximar famílias, estudantes e equipe pedagógica por meio do compartilhamento de atividades cotidianas”, ressalta o consultor de Matemática do Grupo Marista, Almir Rogerio Vidolin.
Confira como lidar com a tecnologia de forma educativa em casa:
- Estabeleça o diálogo: Quando existe uma comunicação efetiva e ao mesmo tempo afetiva, os combinados fluem naturalmente. Vale destacar que não se trata de negociar ou fazer trocas que envolvam presentes ou concessões. Deve-se frisar a importância do “porquê” de se estabelecer limites, incluindo nesta conversa pontos como a saúde física e mental.
- Converse sobre segurança no ambiente virtual: de acordo com a faixa etária, é válido incluir a discussão sobre a segurança dos próprios filhos no ambiente virtual. Neste caso, além do diálogo, estão disponíveis uma série de recursos ou Apps para estabelecer limites de acesso, restrição a determinados sites ou recursos impróprios.
- Oriente sobre pesquisas na internet: os novos estudantes têm a internet como um dos principais meios de fazer pesquisas para tarefas escolares. Os pais devem orientar os filhos sobre navegar de forma segura, buscar fontes confiáveis, evitando as fake news.