Saber ler, escrever e falar mais de um idioma é uma habilidade bastante exigida tanto no meio acadêmico, como profissional. Seja para ampliar o horizonte de conhecimento ou para abrir portas no mercado de trabalho, dominar mais de um idioma já se tornou essencial.
Para a coordenadora de Internacionalização do Colégio Marista Anjo da Guarda, Tatiana Salomão, aprender a língua inglesa é uma ferramenta muito útil para a vida de todos os estudantes.
“Os benefícios começam já no aprendizado, pois estimula o cérebro de diferentes maneiras. Há também a questão da ampliação das possibilidades de leitura, conhecimento e exploração do mundo, já que o inglês é um dos idiomas mais falados e usados no mundo”, explica
Além disso, ela também reforça que ser bilíngue é um diferencial profissional muito demandado pelos mais diferentes setores profissionais.
Idade importa?
Há diversas pesquisas falando sobre a melhor idade para aprender outro idioma. Apesar de haver facilidades em diferentes fases da vida, é fato que todos podem aprender e se tornar proficientes ao longo da vida. O que muda é a classificação de como e quando isso acontece.
Confira as diferentes formas de ser bilingue:
Bilíngues emergentes:
Quem ainda está desenvolvendo sua proficiência em um novo idioma é um futuro bilíngue, ou seja, um bilíngue emergente. É a fase inicial do aprendizado, pela qual todos passam, seja na infância ou na fase adulta. Não há como começar sabendo tudo, não é mesmo?
Bilíngües bimodais: línguas sinalizadas e faladas
Quem utiliza uma língua falada e uma língua de sinais é chamado de bilíngue bimodal porque os idiomas estão em modos diferentes (uma gestual e outra falada). A grande habilidade aqui é a capacidade de poder produzir os dois idiomas ao mesmo tempo, sinalizando um enquanto fala o outro, como fazem intérpretes de Libras, por exemplo.
Bilíngües simultâneos: dois idiomas desde o nascimento
Uma maneira de pensar sobre o bilinguismo é pensar em quando uma pessoa aprendeu o idioma. Quem aprendeu vários idiomas desde o nascimento, pode ser considerado um bilíngue simultâneo. Alguns bilíngues simultâneos são expostos a um idioma diferente de cada um dos pais e, para outros, pode haver outra pessoa em casa, como um avô, que usa um idioma específico com eles.
Bilíngües sequenciais: um idioma após o outro
Já quem aprende um idioma primeiro e depois outro, é considerado um bilíngue sequencial. Isso pode acontecer porque primeiro se aprende a língua da região ou dos pais e depois na escola ou quando há uma mudança, outro idioma é aprendido.
Isso não significa que a língua materna sempre será a mais forte, pois depende do volume de exposição ao idioma ao longo da vida. Alguém que aprende Português quando criança, mas se mudou para outro país, pode ter o segundo idioma mais confortável na idade adulta, por exemplo.
Bilíngües receptivos: entendem vários idiomas
Os bilíngues receptivos são pessoas que entendem vários idiomas, mas podem não se sentir confortáveis em produzir vários idiomas. Isso porque podemos dividir as habilidades linguísticas em habilidades receptivas (ler e ouvir) e produtivas (falar e escrever).
Os bilíngues receptivos podem entender um idioma quando falado com eles, como por pais e avós, mas podem não ter confiança em responder nesse idioma. É muito comum e totalmente normal ser mais forte em algumas habilidades do idioma do que em outras!
Bilíngües de herança: língua materna e língua comunitária
Se um bilíngue cresce usando um determinado idioma em casa com sua família e outro fora de casa na comunidade maior, ele é um falante de herança ou bilíngue de herança: uma de suas línguas representa a herança de sua família.
Algumas famílias usam uma língua materna diferente da língua comunitária porque elas próprias vieram de outra nacionalidade e mantêm os costumes em casa, passando para as novas gerações.
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