A segurança na escola é uma preocupação de toda a comunidade. Para referência, segundo a pesquisa “Violência nas Escolas”, realizada em junho de 2023 pelo Instituto DataSenado, 90% das pessoas que moram com estudantes que já sofreram violência temem que isso ocorra novamente.
Não à toa, pois, entre 2002 e outubro de 2023, foram registrados no país 36 ataques externos com 164 vítimas — das quais 49 foram fatais.
Esse cenário diverge do papel da educação e dos espaços escolares, que devem ser lugares de inclusão e pertencimento para todos. Ou seja, demandam ser locais livres de temores para que os estudantes atinjam seu máximo potencial. Em contraponto, a falta de segurança escolar afeta negativamente o desenvolvimento dos jovens nessa faixa etária.
Nesse contexto, é preciso lembrar que crianças e adolescentes recebem especial proteção da lei do Brasil. A Constituição Federal, em seu artigo 227, evidencia isso ao criar tal dever para a família e para toda a sociedade, incluindo o Estado. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reafirma esse direito, inclusive dentro das instituições de ensino, conforme seu artigo 53.
Portanto, é essencial que os pais participem ativamente das ações voltadas a esse objetivo, formando com escolas e entes públicos uma parceria. Neste conteúdo, listamos 6 aspectos que podem ajudar no monitoramento. Confira!
Pais atuantes são essenciais para a segurança na escola
A segurança na escola não pode ser meramente instituída ou imposta. Ela precisa ser construída por meio de programas de prevenção e intervenção. Mas essas propostas dependem de toda a comunidade para realmente serem efetivas.
Dada a responsabilidade dos pais, que, em conjunto com a instituição de ensino, têm o dever de proteger crianças e adolescentes, o primeiro passo é estabelecer uma comunicação eficaz entre a família e a equipe escolar.
Mas isso só é possível com o envolvimento deles com o dia a dia do filho e da unidade em que está matriculado. Na prática, os familiares se tornam recursos eficazes para o combate à violência quando:
- prestam atenção aos comportamentos dos jovens em casa;
- participam de reuniões, projetos e conselhos escolares;
- acompanham o trabalho de proteção, precaução e cuidado quanto ao assunto.
5 ações que pais podem ajudar ou acompanhar
Existem ações em que os pais podem ajudar e acompanhar para proteger as crianças e adolescentes. Confira!
1. Como é o momento das entradas e saídas?
Quando está de portas abertas, a escola fica vulnerável à ação externa. Ainda mais que entradas e saídas são momentos de ampla movimentação, em que a equipe escolar nem sempre consegue perceber todos os riscos que espreitam.
Pais e responsáveis podem ajudar, buscando reforçar o processo de observação para identificar pessoas ou comportamentos estranhos. Nesse caso, é preciso entender como a instituição se organiza e quais medidas de controle são adotadas, incluindo:
- câmeras de segurança;
- zeladores e vigias.
2. Quais medidas de combate ao bullying são adotadas pela escola?
Identificar o bullying começa com a equipe escolar e a família dando atenção a seus sintomas. Aos pais cabe a atenção ao comportamento dos filhos em casa, enquanto educadores precisam perceber mudanças no âmbito acadêmico.
No entanto, são as medidas de prevenção e combate a essa violência que realmente permitem garantir a segurança na escola. Campanhas de conscientização, como as promovidas pelo Marista Brasil, o Guia de Combate ao Bullying, e a Política de Proteção Integral às Crianças e aos Adolescentes do Marista Brasil, são exemplos de ações e diretrizes importantes.
3. São dadas orientações sobre notícias falsas como parte das aulas?
Os pais também podem buscar saber como a escola aborda a questão das notícias falsas no currículo. Afinal, o ambiente escolar é ideal para fomentar o letramento digital, orientar sobre como checar informações e criar as bases para discussões respeitosas acerca dos mais diversos assuntos.
4. Há ações de diálogo, escuta atenta e prevenção em andamento?
Desde a presença de múltiplos canais de comunicação com a instituição até a maneira como o acolhimento e a escuta são realizados, indicam como a questão da prevenção à violência é abordada nesse ambiente.
Entender esses aspectos permite que os pais verifiquem se é efetiva a construção de um ambiente de cooperação e não de agressão — que, potencialmente, pode levar a ataques. A partir disso, há a necessidade de participarem ativamente desses processos, buscando promover as medidas de proteção que eles geram.
5. As informações sobre o estudante e suas necessidades estão claras?
A preparação é a melhor forma de reduzir os efeitos negativos de eventos inesperados. Quando as emergências escolares ocorrem, uma precaução que precisa ter sido tomada envolve a troca de informações sobre as necessidades específicas do estudante.
Isso porque a instituição de ensino carece de estar a par de quais medicamentos são utilizados, alergias, contatos de confiança, procedimentos diante de crises e outros dados relevantes. Dessa forma, no ato da matrícula ou rematrícula, o responsável pelo estudante deve preencher uma ficha médica com todos esses dados para o setor de enfermaria.
Outro fator importante a ser ressaltado é a necessidade de a família manter seus contatos atualizados, pois, em situações de emergência, é comum que a unidade escolar não consiga entrar em contato com um familiar devido a mudanças de telefones não informadas ao colégio.
Em suma, a segurança na escola é um assunto que capta a atenção das famílias à medida que os riscos aumentam. No entanto, a cooperação entre a instituição de ensino e os familiares permite minimizar as chances de que algo ocorra ou seus efeitos.
Nesse contexto, as Unidades Maristas é referência em segurança escolar por adotar diversas medidas essenciais. Acesse o nosso site e conheça mais sobre a nossa forma de trabalhar!
Resumindo
O que o segurança faz na escola?
- controle de acesso;
- proteção de bens e pessoas;
- análise de riscos;
- avaliação de ambientes internos e externos;
- planejamento de ações de proteção e prevenção;
- implementação do plano de resposta a emergências em prática.
Quais as medidas de segurança na escola?
- implementação de ferramentas e procedimentos de controle de acesso;
- uso de soluções de vigilância e monitoramento;
- aplicação de estratégias de prevenção e proteção;
- desenvolvimento de ações de combate à violência;
- abertura de canais e momentos de diálogo;
- construção de um plano de operações para emergências.
crédito da imagem: Freepik
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