Infância

Perda auditiva em crianças: entenda as principais causas e sinais

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Problema normalmente é percebido quando a criança começa a ir para a escola, pelo déficit de atenção observado pelos professores. 

Conseguir identificar que o filho pode apresentar sinais de surdez não é tarefa fácil, ainda mais quando o sintoma é leve. Entretanto, o diagnóstico é extremamente importante, já que a perda auditiva pode resultar em problemas de fala, linguagem, aprendizado e habilidades sociais. 

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, comemorado no dia 10 de novembro, busca informar e desmistificar boatos para a população sobre a saúde auditiva. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial tem alguma perda auditiva, adquirida ou congênita. No Brasil, são mais de 28 milhões de pessoas.

Possíveis causas da perda auditiva:

O desenvolvimento de uma doença auditiva pode ser adquirida ou congênita. O médico otorrinolaringologista do Hospital IPO e coordenador da Residência de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Cajuru, Marco César Jorge dos Santos, explica que a perda auditiva pode acontecer por meio de medicamentos com ototoxicidade, caráter genético, doenças virais ou ser induzida por ruído, como a exposição a uma explosão ou a um barulho intenso sem equipamento de proteção. 

Além disso, existe a deficiência auditiva em pacientes que fazem cirurgias por tumores auditivos, como o neuroma acústico, um tumor benigno que pode tomar proporções grandes e causar o problema. Já a congênita se dá quando o bebê nasce com a perda auditiva.

Quais sinais podem indicar perda auditiva em crianças?

Mesmo que seja essencial, o teste da orelhinha, realizado logo após o nascimento, não impede que a criança desenvolva uma perda auditiva de caráter viral ou congênita. “A perda auditiva pode ser percebida de diversas formas, normalmente pelo déficit de atenção em crianças”, alerta o médico. 

Em alguns casos, o aprendizado mantém uma curva de normalidade, mas muitas vezes o problema é percebido quando a criança começa a ir para a escola, na conversa com os professores e colegas. 

Com a perda auditiva, a criança tem alteração na capacidade de verificação e localização geográfica da fonte sonora. Por isso, alguns sinais importantes começam a chamar a atenção de quem convive com ela, como a altura do volume de aparelhos de música e televisão ou o fato da criança não se assustar com barulhos repentinos. 

O excesso de uso de fones de ouvido pode influenciar na perda auditiva?

A perda auditiva induzida por utilização de fone de ouvido está diretamente relacionada com o tempo de exposição ao som. Ou seja, seria preciso mais de 8 ou 10 horas por dia, no volume máximo, para ter um dano auditivo. 

“Sabemos que todas as empresas que desenvolvem aparelhos de som têm o fone de ouvido acoplado. Esses têm um limitador de volume para dar segurança ao usuário. Além disso, a música tem frequência variada, já que uma frequência única no som, como em marcenarias ou metalúrgicas, pode causar uma maior perda auditiva”, ressalta o especialista. 

Para prevenir problemas, é mais seguro optar pelos fones de ouvido sem vedação completa que apresentam menor capacidade de causar danos. Já os fones de ouvido com isolamento acústico, os chamados over ear, são os mais perigosos para a audição. 

Independentemente de qual seja, é preciso evitar o uso de qualquer fone de ouvido com volume muito alto e por muito tempo. “Ainda mais em pessoas com propensão para perda auditiva, o que favorece no agravamento de sinais e sintomas de traumas acústicos”, aconselha. 

Veja alguns sinais de alerta que podem significar perda auditiva em crianças:

– Demoram para aprender a falar ou não são claros quando falam;

– Não responde ao ser chamado;

– Fala muito alto;

– Peça que você se repita ou responde de forma inadequada a perguntas;

– Aumenta muito o volume da TV. 

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