Adolescência

Como ajudar o adolescente a descobrir um propósito de vida

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O primeiro passo para encontrar dons e talentos é partir em busca do autoconhecimento

Descobrir o que realmente gosta de fazer na vida é uma questão que aflige muitas pessoas. No caso dos adolescentes, esse é somente mais um dos motivos que podem gerar certa angústia, já que se trata de um momento marcado por processos hormonais profundos. Isso porque, esta fase do desenvolvimento humano envolve transições biológicas, sociais e psicológicas.

O psicólogo Guilherme Falcão diz que, para identificar qual o caminho seguir, o primeiro passo deve ser a busca pelo autoconhecimento. “Fazer um teste vocacional, por exemplo, pode ajudar a identificar características da personalidade. Isso pode contribuir para descobrir os seus dons e talentos”, afirma. Falcão aconselha, ainda, o envolvimento em práticas esportivas, artísticas, trabalhos voluntários e atividades que possam trazer vocações à tona.

O chamado propósito de vida é o que determina a trajetória existencial, está diretamente relacionado a nossa identidade e fundamenta-se em nossas crenças e valores. Esse conceito diz respeito aos talentos, ações e sonhos mais profundos de cada um. Por isso, é uma busca que depende muito do autoconhecimento.

Por ser uma fase de muitas descobertas sobre si e sobre o mundo, é na adolescência que essa busca se inicia e esse movimento impacta não só o adolescente, mas a família também. “É importante estabelecer o diálogo, estar sempre aberto para conversar com os filhos”, ressalta o psicólogo, afirmando a necessidade de equilibrar liberdade e responsabilidade para garantir um relacionamento que se baseie na confiança.

Outro ponto importante apontado por Falcão é garantir tempo de qualidade com os filhos, em que é essencial separar um momento do dia para conversas olho no olho, estabelecer uma refeição em família, isso tudo “sem a interferência do celular”. “É importante que o filho se sinta à vontade para conversar e não tratá-lo como ‘aborrecente’, mas como um ser que está em transição, que precisa de atenção e de carinho”, orienta o psicólogo.