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Educação socioemocional: o que é e por que ela é importante para o desenvolvimento integral do aluno? 

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Você já ouviu falar em educação socioemocional? Talvez esse termo não seja tão comum para muitas pessoas, mas certamente você já se deparou com a questão do desenvolvimento integral. 

Crianças e adolescentes precisam explorar todas as suas capacidades e habilidades para poderem crescer e se desenvolver de maneira plena, tendo um amplo conhecimento sobre quem são, seus limites e seu papel na sociedade. 

A educação socioemocional trata de questões que vão além do físico e do cognitivo, ou seja, lida diretamente com fatores emocionais, desde a primeira infância. 

Cabe aos pais e, também, as instituições de ensino investirem na integralidade do desenvolvimento infantil e juvenil. 

Como fazer isso? Abrindo espaços para que crianças e adolescentes possam exercitar suas capacidades e reconhecer suas emoções de maneira prática, lúdica e consciente. 

Vamos entender melhor o que é a educação socioemocional, como ela se aplica conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, claro, sua importância. 

Educação socioemocional: o que é e como deve ser aplicada dentro da sala de aula? 

Segundo as diretrizes da BNCC é de fundamental importância que as escolas incluam em sua rotina educativa a educação socioemocional — tanto no processo de ensino e aprendizagem das crianças como dos jovens. 

Mas, afinal, o que isso significa e como aplicar na prática? As chamadas habilidades socioemocionais são aquelas que vão além do conhecimento teórico das disciplinas normativas (língua portuguesa, matemática, história, geografia, artes etc). 

Elas lidam com as emoções que cada pessoa carrega consigo e que ao longo da vida irá descobrir e reconhecer dentro de si. 

Mas por que é importante desenvolver tais habilidades dentro das escolas? Porque a escola, geralmente, é o primeiro contato social que uma criança encontra fora do núcleo familiar. 

É na escola que os pequenos aprendem sobre a diversidade e pluralidade social, ou seja, que existem pessoas com personalidades e composições familiares diversas e, também, que há indivíduos com condições físicas e cognitivas diferentes. 

A educação socioemocional busca ensinar as crianças e os  adolescentes a desenvolverem um comportamento sadio tanto intrapessoal (com elas mesmas) como interpessoal (com outras pessoas). 

São inúmeras as habilidades socioemocionais listadas, mas a BNCC aborda especificamente 5: 

  • Consciência Social; 
  • Autogestão; 
  • Autoconsciência; 
  • Habilidades de relacionamento; 
  • Tomadas de decisões responsáveis. 

Tais habilidades precisam ser levadas e apresentadas aos estudantes de forma que, desde o primeiro contato, eles possam compreender o que significam e, assim, aplicar tais conhecimentos em seu dia a dia. 

Isso pode ser inserido por meio de dinâmicas, brincadeiras, conversações, debates aulas complementares, como as de teatro, e até mesmo por meio de mecanismos lúdicos. 

É importante que as instituições de ensino tenham profissionais preparados para que os temas sejam abordados e aplicados de forma consciente e correta, respeitando cada fase do desenvolvimento humano. 

A vivência, na prática, dessas habilidades é o melhor caminho para que os estudantes possam refletir, aprender e compreender a importância de cada uma delas 

A educação socioemocional reflete diretamente no modo como esse indivíduo em formação vai lidar com questões diversas durante toda a sua vida. 

Ter inteligência emocional para driblar desafios, aprender a conviver de forma harmônica em sociedade, respeitar o meio ambiente. Além disso, não agir de maneira preconceituosa com os demais, compreender e respeitar seus sentimentos e limitações e, também, os sentimentos das outras pessoas, entre outros. 

Segundo a BNCC, é comprovado que a adoção de tais temas dentro de sala de aula, reduz conflitos, diminui a prática de bullying, contribui para a formação de líderes, favorece o diálogo para resolução de problemas e torna a criança e os jovens mais empáticos. 

A escola deve ser um ambiente estimulante, capaz de formar cidadãos do mundo verdadeiramente preocupados em fazer a diferença, cuidando do meio em que vivem e respeitando o espaço e a individualidade. 

Isso é capacitar os estudantes para poderem conviver de forma saudável em sociedade, explorando ao máximo suas capacidades e habilidades para a construção de um ambiente melhor para se viver. 

O autoconhecimento é parte importante disso! Sendo assim a criança precisa, desde cedo, conhecer seus limites e, principalmente, aprender a impor tais limites aos demais. 

É fundamental ainda, que ela possa ter voz ativa sobre suas escolhas e decisões, reconhecer erros, saber recomeçar quando preciso e traçar metas para atingir o que deseja com autonomia. 

Quais os pilares da educação socioemocional? 

A educação socioemocional conta com uma base sustentada por 3 pilares essenciais para garantir a total compreensão e execução de seus princípios elementares, segundo a BNCC. 

Tais pilares servem para fomentar a ideia da educação integral, seus reais benefícios e intencionalidades e quais resultados espera-se atingir em médio e longo prazo. 

Os pilares são: 

#1 Emocional 

O primeiro pilar trata do emocional do indivíduo, ou seja, ensinar a aprender e a reagir com as emoções básicas que caracterizam a personalidade de cada um. 

Isso é fundamental e precisa ser trabalhado já na primeira infância. Sabe aquela velha história de que criança chora porque não sabe falar ou não sabe explicar algo? 

Na verdade, muitas vezes a criança chora, faz birra, tem impulsos de raiva porque, simplesmente, não reconhece a emoção que está sentindo. 

O autoconhecimento, a autocrítica, o senso de responsabilidade e a inteligência emocional trazem, exatamente, um controle e o reconhecimento dessas emoções. 

Ajudar uma criança e um adolescente a entender o que se passa dentro da cabeça deles, estimular que expressem de forma clara o que sentem e, por fim, ajudar a encontrar um caminho para contornar tais situações adversas é papel de pais e educadores. 

#2 Social 

Todo mundo precisa aprender a conviver em sociedade. A lidar com o novo, com o diferente, com opiniões contrárias, a ceder para que se chegue a um consenso, tornando-se adaptável. 

Respeitar hierarquias, acatar ordens, compreender limites, colaborar com o próximo e viver harmonicamente com o entorno é condição básica para uma vivência saudável e enriquecedora. 

Quanto maior a capacidade de uma pessoa de enxergar além da própria bolha, quanto mais livre de preconceitos e amarras, melhor será sua capacidade de aprender e de lidar com os conflitos em todas as fases da vida. 

#3 Ética 

A ética é um pilar importantíssimo dentro do conceito de educação socioemocional. É impossível viver em uma sociedade civilizada sem limites pautados pela ética. 

Que nos ensina o que é tolerável, o que é aceito social e moralmente, que nos faz compreender e aceitar as diversidades e que nos ensina sobre integridade. 

Além disso, a ética nos ensina sobre respeito mútuo entre pessoas que convivem e dividem um mesmo espaço, uma mesma cidade e um mesmo país. 

Quais outras habilidades socioemocionais devem ser estimuladas? 

Além das pautas estabelecidas pela BNCC há outras competências e habilidades socioemocionais que também devem ser desenvolvidas na educação de crianças e adolescentes. 

E, claro, devem ser estimuladas, também, dentro de casa por pais e responsáveis. Juntas, quando bem desenvolvidas, elas ajudam na formação das crianças e dos jovens que, consequentemente, refletem na vida adulta. 

Elas são: 

  • Inteligência emocional; 
  • Comunicação; 
  • Empatia; 
  • Ética; 
  • Autoestima; 
  • Criatividade; 
  • Confiança; 
  • Resiliência; 
  • Liderança. 

Crianças, com um bom desenvolvimento dessas habilidades, crescem adultos mais seguros, fortes e capazes de resolver conflitos de modo mais objetivo. 

A resiliência facilita a tomada de decisões quando é necessário seguir adiante, mesmo após um tropeço ou quando algo não dá certo na primeira tentativa. 

Encontrar uma instituição de ensino que leva a educação socioemocional a rigor, ajudando alunos a se encontrarem em suas jornadas e utilizando recursos que tornam esse processo educativo mais tranquilo e eficaz, deve entrar na lista de prioridade dos pais e responsáveis. 

E, então, se interessou pelo assunto e quer aprender mais? Que tal seguir para o nosso artigo “Aprenda como desenvolver as habilidades socioemocionais dos seus filhos”

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