Infância

Crianças precisam colocar a mão na massa! Entenda

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Deixar que os filhos façam experimentos, mesmo que isso possa significar alguma bagunça na casa, é essencial para o desenvolvimento.

Seja com massa de modelar, blocos, bonecos ou tinta, essas vivências criativas ajudam a criança a se relacionar com o mundo e expressar sentimentos.

“Esse não é um processo totalmente voluntário, ao contrário: ele pode e deve ser estimulado”, aconselha a coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista Goiânia, Naime Camelo Barbar.

O estímulo lúdico, ressalta a coordenadora, é motivador, curioso e enriquecedor. Por isso, oferecer atividades com a mão na massa é sempre uma boa forma de melhorar o pensamento crítico e a criatividade das crianças.

“A exploração do ambiente, a observação sobre o funcionamento das coisas e comportamento das pessoas são a base para construir o conhecimento primário e interpretar o mundo, sendo fundamental para o desenvolvimento intelectual”, explica Naime.

Especialmente os primeiros anos de uma criança trazem experiências diárias, sempre novas, em que aprender é um processo estimulado o tempo todo.

Mão na massa: a importância de reforçar a mentalidade de crescimento

Quando as crianças assumem uma mentalidade fixa, ressalta a coordenadora, acreditam que são boas em algumas coisas e não em outras e que suas habilidades surgem naturalmente. Já ao assumirem uma mentalidade de crescimento, elas passam a perceber que podem se tornar boas em algo por meio do fazer,  do aprender e da experiência

Iniciativas em que as crianças põem a mão na massa promovem uma mente de crescimento por não colocar a ênfase na solução e sim no processo, além de mostrar o potencial de exploração e criação.

“As atividades práticas fazem com que elas passem a enxergar a aprendizagem como algo na qual se trabalha e se constrói pouco a pouco, e não que acontece de forma mágica, da noite para o dia. As crianças que desenvolveram uma mentalidade de crescimento tendem a ser mais resistentes, enfrentando melhor os desafios surgidos durante as aulas”, enfatiza Naime.

Aprender fazendo não só ajuda as crianças a se tornarem resistentes diante dos desafios, mas também contribui para o desenvolvimento do caráter e do um senso de propósito.

“Esse é um dos resultados mais importantes para um educador. Aprender a fazer coisas e estar envolvido em atividades mão na massa ajuda as crianças a se desenvolverem e darem sentido às coisas e acontecimentos”, destaca.

Ao utilizar suas próprias mãos e enxergar diante de si uma problemática, das menores até as mais elaboradas, a criança tende ficar motivada a chegar a uma solução  e, assim, criar seus próprios caminhos até o resultado – uma prática de autonomia é essencial para desenvolvimento.

Como os pais podem incentivar os filhos, os deixando livres para criar?

Educar os filhos sempre foi, e será, um grande desafio. Mas, em tempos de tantas informações e rápidas mudanças, é comum que os pais se questionem se estão realmente oferecendo o mais adequado para a criança, de acordo com a idade.

A linguagem primordial da criança é a brincadeira, seja em casa ou na escola. O brincar pode ser expressado pela dança, música, jogo de faz de conta, narração de histórias lidas ou vividas, ou mesmo por meio do desenho, sem imposição de um “desempenho acadêmico”.

Autonomia: como desenvolver em casa?

Os momentos em casa se tornam ótimas oportunidades para que as crianças participem de outras tarefas, tomando para si a responsabilidade pelo ambiente no qual fazem parte, o que também acontece quando estão na escola. Perceber-se útil nas atividades rotineiras proporciona para os filhos um lugar de pertencimento e de confiança que mostra o que significa ser um membro da família, além de valorizar o seu potencial e a sua autonomia.

Mas em que podemos envolvê-las? Que tal iniciar essa conversa convidando-as a pensarem como podem ajudar em casa? Juntos, a partir das ideias que surgirem, é possível trilhar um caminho que será percorrido ao longo desse período de desenvolvimento infantil.

Confira uma lista inspiradora de práticas para as crianças:

  • Organizar seu material: armário, cama, brinquedos e outros itens de uso pessoal;
  • Ajudar nas tarefas domésticas: lavar louça, separar a roupa suja, tirar o lixo da casa;
  • Aprender coisas novas: fazer uma nova receita com a ajuda de um adulto, consertar um brinquedo, plantar uma nova mudinha (pode ser de feijão, de alecrim, cebolinha);
  • Cuidar dos membros da casa: alimentar os bichos de estimação, regar as plantas, dar banho nos cachorros nos dias mais quentes, ajudar a preparar o café da manhã, mandar mensagens de vídeo para os avós, tios, familiares, colegas da escola ou professores, fazer desenhos para os vizinhos do prédio, manter o contato com os amigos;
  • Fazer escolhas: uma das maneiras mais eficazes de estimular a autonomia infantil é permitir que as crianças façam suas próprias escolhas. Em vez de determinar como funcionará cada detalhe da rotina dos pequenos, os incentive a tomar suas próprias decisões, sem deixar de orientá-los;
  • Organizar um mural: é possível utilizar símbolosque representem as atividades sugeridas e os horários indicados para fazê-las com ou sem apoio de um adulto. A regularidade desta organização garantirá que as próprias crianças comecem a se dar conta de que a rotina pode acontecer sem que alguém precise nos lembrar de tudo;
  • Deixe-a aprender com os erros: ao contrário do que muita gente acredita, cometer erros é importante para o desenvolvimento infantil e permite que a criança aprenda a lidar com frustrações e desenvolva autonomia e responsabilidade. Por isso, procure não proteger os pequenos excessivamente e deixe-os lidar com as consequências de suas atitudes.

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