Adolescência

Autodefesa e segurança on-line: como garantir proteção para as crianças?

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Situações de risco podem ser evitadas com orientação e monitoramento no uso da internet 

A internet pode ser um ótimo recurso para as crianças. Elas podem usá-la para pesquisas escolares, jogos interativos, atividades educativas e até para interagir com amigos e familiares distantes. Mas o acesso sem orientação também pode trazer riscos, como conteúdo impróprio, cyberbullying e outros perigos.  

Uso precoce da internet 

A internet está presente na vida de 89% dos brasileiros entre 9 e 17 anos, de acordo com a 

pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019. O que chama a atenção é que o primeiro contato acontece cedo: 49% das crianças interagem pela primeira vez com um dispositivo conectado antes dos 6 anos, segundo pesquisa da empresa de segurança virtual Kaspersky.

É importante lembrar que esses números estão diretamente ligados ao período de distanciamento social imposto pela pandemia. Momentos de estudo, lazer e interação acabaram sendo transferidos para o ambiente digital. De qualquer forma, a internet está presente na vida cotidiana, e é importante que os pais saibam como orientar as crianças e adolescentes

Como orientar sobre o uso seguro da internet?  

As crianças e adolescentes ainda não têm maturidade suficiente para se protegerem sozinhos. Por isso, é dever dos pais acompanhar e monitorar o que os filhos acessam na internet. O diálogo em família também é fundamental para estabelecer combinados sobre o tempo de uso, conteúdos acessados e idade apropriada para usar as redes sociais. 

“É preciso um uso responsável e que os pais estejam atentos. Comparo um ambiente virtual a uma praça pública, na qual a criança tem direito de estar, mas requer cuidado e proteção. Você não deixaria uma criança sozinha em uma praça. Da mesma forma, é preciso saber por onde ela anda no mundo virtual”, explica a especialista social da área da Educação Básica do Grupo Marista, Raimunda Caldas Barbosa. 

Confira algumas formas de orientar as crianças e adolescentes sobre o uso seguro da internet: 

  • Esteja atento: para proteger os filhos, é preciso estar ciente do que eles veem e ouvem na internet, com quem se relacionam no ambiente online e o que compartilham sobre si mesmos. Ficar de olho nas suas atividades, dialogar e utilizar ferramentas de controle parental são recursos que ajudam a garantir a segurança na internet. 
  • Procure conteúdos educativos: alguns conteúdos podem ajudar a trazer repertório para os pais conversarem com os filhos. A campanha Defenda-se está lançando um novo vídeo com tema “Autodefesa e Segurança On-line”. As animações mostram personagens infantis protagonizando atitudes preventivas diante de situações com potencial risco para casos de violência sexual. Confira os vídeos aqui.  
  • Acompanhe o que os filhos acessam: os pais ou responsáveis precisam acompanhar e monitorar o acesso à internet. “Falar em autodefesa não significa que a criança irá se proteger sozinha, mas que será oferecida a ela informações para se conhecer, entender relações de afeto, ter repertório de como agir em situações com potencial de risco e dificultar a ação de agressores”, explica a responsável pela campanha Defenda-se, Cecília Landarin Heleno. 
  • Dialogue: conversar é fundamental para estabelecer combinados sobre tempo de uso, conteúdos acessados e redes sociais. Assim, as crianças conseguem aproveitar as oportunidades positivas que existem no meio digital. Confira o e-book sobre autocuidado e segurança online.

Campanha Defenda-se

A campanha Defenda-se foi criada em 2014 pelo Centro Marista de Defesa da Infância, com o objetivo de promover a autodefesa de crianças contra a violência sexual por meio de  vídeos educativos, apropriados para meninas e meninos entre 4 e 12 anos de idade. 

As histórias apresentam situações em que os protagonistas têm condições reais de agir 

preventivamente para sua defesa, especialmente pelo reconhecimento de estratégias que 

dificultam a ação dos agressores. 

A série tem 14 vídeos que abordam temas como sentimentos, conhecer o próprio corpo, 

privacidade, formas de carinho, direitos de crianças e adolescentes e como denunciar 

situações de violência. Todas as produções estão disponíveis no site da campanha. 

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