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Como conversar com os filhos sobre internet e equilíbrio com as telas?

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Hoje em dia, quase tudo passa por uma tela. O celular nos acorda com o despertador, a primeira mensagem do dia chega antes do café e, no caso das crianças, os vídeos começam antes mesmo da primeira palavra. 

Não é exagero dizer que a internet está em todos os cantos da vida, inclusive na infância. E, quando falamos de saúde e internet, é inevitável pensar em como equilibrá-las. 

Mas como conversar com os filhos sobre esse tema? 

Antes de tudo, é importante entender: as crianças não enxergam a internet como uma ferramenta, como a maioria dos adultos vê. Para elas, é parte da vida. Muitas já nasceram conectadas, e por isso é necessário entender sem julgamentos. 

Neste conteúdo, vamos falar sobre como manter o equilíbrio de forma leve e produtiva. Boa leitura!

Por onde começar o equilíbrio?

Pode parecer contraintuitivo, mas antes de falar sobre o que é certo ou errado, vale escutar! Perguntar o que seu filho ou filha gosta de assistir, quais jogos chamam mais atenção, o que eles sentem quando estão online. 

Essa abordagem transforma a conversa em uma troca e não em uma bronca gratuita.

A dica valiosa aqui é evitar dizer algo como “você fica tempo demais no celular”, já que as crianças tendem a rejeitar falas que soam como bronca ou confronto. 

Essas pequenas aberturas criam confiança. E é com confiança que se constrói o espaço ideal para conversar sobre limites, riscos e escolhas.

A exposição às telas não é sobre economizar tempo

É comum ouvir sobre o número ideal de horas que uma criança deve passar na frente da TV ou do celular. Mas limitar esse tema a números pode deixar a conversa superficial. O mais importante é o que se faz com esse tempo online.

Há uma grande diferença entre assistir a vídeos violentos e participar de uma aula interativa. Sendo assim, mesmo que o tempo de tela seja importante, o conteúdo e o contexto são muito mais relevantes. 

A saúde e a internet: um equilíbrio construído em família

Muitos pais sentem culpa por permitir que os filhos fiquem tanto tempo online. A verdade é que não existe fórmula mágica, mas existe um lembrete muito importante: o equilíbrio é algo possível e ele começa com o exemplo.

Os pequenos reparam muito mais nas atitudes do que nos discursos, então não basta só falar. 

Se uma criança vê que o pai ou a mãe está sempre com o celular na mão, inclusive nas refeições ou conversas, ela aprende que isso é o natural. 

Então, criar momentos em que toda a família deixa o celular de lado, como na hora do jantar ou aos domingos de manhã, pode ser um começo simples e simbólico.

Outra prática interessante é combinar momentos de uso da internet com momentos de descanso das telas. 

Por que preciso falar sobre os riscos?

Conversar sobre segurança na internet é essencial, mas cuidado para não transformar a conversa em uma aula. Crianças e adolescentes tendem a desligar a atenção quando se sentem julgados ou aterrorizados.

Uma boa alternativa é trazer o tema de forma gradual e contextualizada. Converse com o seu filho como se fosse seu amigo íntimo.

E, mais uma vez, o segredo está em conversar com naturalidade, sem criar medo.

Diálogo contínuo: por que é importante?

Um dos maiores aprendizados da vida digital é que, assim como na paternidade, não existe uma resposta só. O que funciona com um filho pode não funcionar com outro. 

Algumas crianças lidam bem com limites mais flexíveis; outras precisam de regras mais claras. E tudo bem. O mais importante é manter o canal de conversa sempre aberto.

A internet faz parte da vida. Vai continuar fazendo. Mas o que pode (e deve!) mudar é como nos relacionamos com ela e como ajudamos os pequenos a encontrarem esse mesmo equilíbrio.

No fim das contas, falar sobre exposição às telas e saúde e internet não é um debate sobre controle. É um convite ao cuidado. Quando esse cuidado é construído com presença, escuta e afeto, ele faz diferença para a vida toda.

Conexão Segura

Aproveite e assista ao vídeo da campanha Conexão Segura, do Marista Brasil, que busca reforçar a importância da segurança digital e do uso responsável da internet, além de conscientizar crianças, adolescentes e responsáveis sobre os cuidados essenciais no ambiente virtual. 

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