Comportamento

Como são as crianças da Geração Alpha?

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Não é novidade para ninguém que a cada ciclo — que varia entre 10 e 15 anos — uma nova geração surge em nossa sociedade. Esbanjando características singulares que transformam o modo como tudo ao nosso redor funciona e, hoje, vivemos a Era da Geração Alpha. 

As crianças que nos cercam e tanto nos ensinam, pela rapidez de raciocínio e total habilidade tecnológica, chamam a atenção de estudiosos e, claro, das grandes corporações que já pensam nelas como os grandes público-alvo de um futuro próximo. 

Se até pouco tempo atrás tudo que ouvíamos era sobre os Millennials, hoje — apesar de estarmos vivenciando o auge da Geração Z (onde tudo que é comercial está voltado para esses jovens e adolescentes), nada se compara a curiosidade que os Alphas despertam. 

A Geração Alpha é formada por indivíduos que já nasceram conectados e diante de uma pequena tela azul. Ninguém precisa ensiná-los a usar a internet. 

Assim como aprendemos a andar, falar e comer sozinhos, os Alphas aprendem a desbravar o universo online de maneira orgânica e naturalmente. 

Vamos juntos conhecer mais sobre essa Geração, saber quais são suas principais características e desafios! 

Quem são as crianças da geração alpha? 

A Geração Alpha, que inclui os nascidos depois de 2010, já dá sinais da transformação dos tempos. Esses bebês e crianças subvertem conceitos e mostram que novas formas de interagir e gerar mudanças positivas é possível. 

Por serem mais independentes e adaptáveis, tendem a acompanhar com mais naturalidade as evoluções do mundo do que as gerações anteriores. 

Quem se relaciona com crianças nesta faixa etária muitas vezes se depara com reflexões e opiniões que surpreendem. 

Os adultos percebem claramente que elas têm algo de diferente da sua geração, sejam características que são mais desenvolvidas intelectualmente ou com mais traquejo social. 

Geração Alpha é um termo criado pelo sociólogo australiano Mark McCrindle. De acordo com ele, essa geração é determinada por pessoas muito mais independentes e com um potencial muito maior de resolver problemas do que seus pais e avós. 

O pensamento hierárquico que predominava nas gerações anteriores não é mais aceito. Esses fatores mudam toda a sociedade, alteram a forma de trabalhar, de educar e impactam diretamente sobre a forma com que essa geração vai crescer. 

A sociedade do futuro e suas interações serão fortemente impactadas pela geração que nasceu na era digital. Eles já vieram ao mundo diante de telas de dispositivos, por isso o universo virtual é fluido e natural. 

Por já conhecerem o mundo conectado, estão acostumados com câmeras, tablets e outros dispositivos tecnológicos e, muitas vezes, sabem utilizar os recursos melhor do que os próprios pais. 

Quais são as principais características da geração alpha? 

Cada Geração carrega consigo características muito próprias que envolvem inúmeros fatores ao qual são expostos desde que nascem. 

As crianças Alphas estão o tempo todo conectadas, expostas a uma infinidade de informações e novidades, por isso, tendem a ser mais agitadas, curiosas. Porém, mais dispersas, com dificuldade em focar em apenas uma atividade e, muitas vezes, sem paciência para aguardar o que desejam. 

Mas toda criança de uma geração age e se comporta da mesma maneira? Não. Tudo depende da maneira como cada indivíduo é criado, o estilo de vida da família e os recursos que dispõem para crescer. 

É normal que um outro tenha comportamentos distintos de sua geração, mas o que marca uma geração é o todo, a massa e não as exceções.  

Dentre as principais características, destacam-se: 

Independência 

A facilidade com que as informações e tudo que desejam chegam até essa geração, faz com que naturalmente sejam mais independentes. 

Ninguém precisa ajudar uma criança a encontrar o que desejam na internet, mesmo aquelas que nem sabem ler ainda. Elas têm o mundo na palma das mãos a poucos cliques e naturalmente entendem isso. 

Curiosidade 

Ainda influenciada pela independência que a tecnologia proporciona, a curiosidade é outra característica marcante, eles têm sede de saber e conhecer o tempo todo. 

Para quem é de outra geração e vê de fora, nota que nada é um obstáculo para as mentes conectadas. Um clique, um botão, uma nova rede social — eles querem experimentar tudo. 

Empatia 

São crianças que nasceram e estão crescendo em uma sociedade mais abertamente, por isso, elas aceitam o que é diferente e novo sem questionamentos ou pré-julgamentos. 

São mais empáticas, solidárias e olham com naturalidade para tudo que foge do padrão, uma vez que o livre acesso à internet possibilita a oportunidade de encontrar pessoas de todos os tipos e lugares. 

Agilidade 

A mente de uma criança Alpha é conectada 24h, trabalham como se nada as pudessem deter ou limitar, exatamente como o processador de um computador ou smartphone. 

Por isso, são mais propensos a encontrar respostas e soluções para conquistarem o que desejam sem muitas delongas. Do mesmo modo que aprendem rápido as tarefas que lhes são passadas. 

Pouca concentração 

O excesso de informação, tecnologia e o formato como essas informações chegam até os pequenos, faz com que suas mentes se dispersem com muita facilidade. 

Ora, são crianças acostumadas a olharem para uma tela e, assim, consumirem vídeos de 30 segundos ou no máximo 1 minuto. Qualquer coisa, além disso, é um enorme desafio. 

Logo, é indicado incentivá-los a praticar exercícios físicos individuais e coletivos para melhorar o poder de concentração e foco. 

Desafios de educar os filhos da geração alpha 

Toda geração tem seus desafios internos — aqueles que serão vividos e sentidos pelos indivíduos nascidos nela — e, também, externos — aqueles enfrentados pelos pais e responsáveis que são de outra geração. 

O choque de cultura é natural, os pais precisam se adaptar, apoiar quando for preciso e dar limites para que os filhos não se percam em meio a tanta facilidade que dispõe sua geração. 

Dentre os principais desafios, estão: 

Acesso à tecnologia 

Segundo psicóloga Rima Awada Zahra: 

“São as crianças que já nascem inseridas em um cotidiano rodeado pela tecnologia. Em um ambiente com muito mais estímulos sensoriais, com brinquedos criados cuidadosamente para desenvolver sua audição, tato e visão, além de estímulos diversos como imagens, sons, cores, links e movimentos” 

Mesmo que seja importante que as crianças tenham acesso à tecnologia, a psicóloga lembra que é essencial oferecer o contato com o mundo real, por meio dos relacionamentos. É assim que ela vai aprender a respeitar o próximo, sentir empatia e saber lidar com os próprios sentimentos. 

Diálogo e limites 

Neste sentido, cabe à família estar aberta e atenta para praticar uma escuta de qualidade e dar todas as condições para que a criança se desenvolva de forma plena e saudável.  

Afinal, “não basta somente dominar a tecnologia, é preciso desenvolver habilidades sociais e emocionais para enfrentar os desafios que estão por aí”, afirma Rima. 

Por isso, mais do que nunca, é preciso dialogar sobre tecnologia, acompanhar o acesso e estabelecer limites. Esse papel, recorda Rima, é principalmente da família, e vai auxiliar os filhos no processo de maturação. 

“O desafio é como estabelecer relações entre o real, o irreal e o virtual. A tecnologia é apenas o lugar onde as coisas estão acontecendo. O principal ainda são os valores” 

E, então, você conhecia as características da Geração Alpha? Quer aprender mais sobre ela? Leia agora mesmo nosso segundo artigo sobre o tema: “Aluno do futuro: 5 habilidades que os novos estudantes precisam desenvolver”. 

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