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Neurodivergências na escola: como explicar às crianças e promover acolhimento?

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Você já reparou como cada pessoa tem seu jeito de aprender, brincar, falar e até de demonstrar o que sente? Algumas gostam de silêncio, outras adoram conversar o tempo todo. 

Em alguns casos, essas diferenças fazem parte da neurodivergência — quando o cérebro funciona de forma diferente do padrão, como no autismo, TDAH, dislexia ou altas habilidades. 

Não é doença, mas uma variação natural que pode trazer talentos únicos. Por isso, vamos explicar esse termo e porque algumas pessoas pensam e se comportam de um jeito diferente.

O que é neurodivergência?

A neurodivergência é um jeito diferente do cérebro funcionar. Isso não é algo ruim ou errado, é apenas um jeito diferente de viver e de enxergar o mundo. 

Pessoas neurodivergentes têm quadros como: Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), dislexia, entre outros. 

Algumas pessoas neurodivergentes preferem ambientes mais calmos, se sentindo desconfortáveis com muito barulho, outras podem ter muita facilidade com certos assuntos. 

Outras, conseguem gostar de repetir movimentos ou de se concentrar por bastante tempo em um único interesse. 

Tudo isso faz parte de quem elas são e, hoje, vamos explicar um pouco mais sobre como auxiliar pessoas neurodivergentes a enfrentarem os desafios que encontram no cotidiano.

Por que é importante falar sobre isso?

As crianças estão em um momento muito importante de aprendizado, não só de conteúdos escolares, mas também de como lidar com as diferenças. 

Muitas vezes, quando as crianças não entendem por que um colega é diferente, podem surgir apelidos, risadas ou até afastamento. Conversar de forma simples e aberta pode mudar a maneira como elas aprendem a se relacionar com os outros. 

Como explicar para crianças de um jeito simples?

Um jeito fácil de falar sobre o assunto é usando exemplos do dia a dia:

  • Podemos dizer que o cérebro é como um celular: alguns têm marcas e aplicativos diferentes, mas todos funcionam bem para a sua forma de uso.
  • Reforçar que cada um tem preferências, como algumas crianças adoram matemática enquanto outras preferem esportes.

O importante é mostrar que ninguém é melhor ou pior, apenas diferente!

Como incentivar o acolhimento perante as diferenças? 

Após conversar sobre neurodivergências, é importante incentivar atitudes simples no dia a dia da criança:

  1. Respeitar os espaços pessoais
    A criança pode não gostar de abraços ou de muito contato físico. Respeitar isso mostra cuidado.
  2. Evitar brincadeiras de mau gosto
    Ensinar que apelidos ou imitações podem machucar. Em vez disso, incentivar elogios e encorajamento.
  3. Ser paciente
    Há neurodivergentes que precisam de mais tempo para responder ou tem dificuldade de participar em determinadas atividades, por exemplo. É importante ter paciência e ser apoio nesse momento.
  4. Incentivar o desenvolvimento fora da escola
    Frustrações fazem parte da vida. A lição aqui é mostrar que isso é comum e que há meios de celebrar até um dia estressante.
  5. Celebrar as conquistas
    Cada pessoa tem seus próprios desafios e vitórias. Reconhecer o esforço do seu filho faz com que ele se sinta amado e compreendido. 

Um convite à empatia

A empatia é uma habilidade importante para as relações do dia a dia e faz parte da construção do caráter desde cedo.

Existem muitas formas de estimular essa capacidade. Uma delas é apresentar a criança a diferentes experiências e culturas. Isso ajuda a ampliar como ela vê o mundo, a entender perspectivas diferentes da sua e a se colocar no lugar do outro com mais facilidade.

Outro ponto essencial é ajudá-la a reconhecer e lidar com as próprias emoções. 

Quando a criança entende o que sente e aprende a gerenciar isso, ela também se torna mais capaz de compreender os sentimentos das outras pessoas e agir com empatia.

Qual é o papel dos adultos nessa conversa?

Professores, pais e responsáveis têm um papel muito importante. Eles podem ajudar mostrando exemplos, reforçando atitudes positivas e lembrando que todos merecem ser tratados com carinho.

É interessante também criar momentos em que as crianças possam perguntar e tirar dúvidas, sem julgamentos.

Responder com paciência e clareza ajuda muito a quebrar preconceitos.

Colégios Maristas 

A solidariedade faz parte do dia a dia nos Colégios Maristas. Desde cedo, os estudantes são estimulados a praticar espiritualidade, empatia e comunicação, desenvolvendo habilidades essenciais para o futuro.

As salas de interioridade, por exemplo, oferecem um espaço para que crianças e jovens reflitam, se conheçam melhor e fortaleçam sua capacidade de tomar decisões com responsabilidade. 

O Projeto Interioridade acontece de forma contínua, contribuindo para o equilíbrio emocional e o crescimento pessoal de cada estudante.

Outra iniciativa importante é a Pastoral Marista, que promove relações solidárias de amizade, espiritualidade e engajamento em projetos de vida, ajudando seu filho a viver com respeito, harmonia e paz.

Esses espaços podem ser um refúgio e um espaço de acolhimento para os neurodivergentes. Além disso, também são espaços para lidar com diferenças e educar com empatia. 

Para saber mais, entre em contato e agende uma visita no Colégio Marista mais próximo de você. 

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