Língua inglesa ganha força como ferramenta de comunicação e meio de aprendizagem
Entre as alterações propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a partir de 2020 está a inclusão do inglês no currículo escolar obrigatório a partir do 6º ano dos anos finais do Ensino Fundamental, em todo território nacional. A intenção da proposta é fortalecer o ensino do idioma como uma importante ferramenta de comunicação, essencial em um mundo cada vez mais globalizado e plural.
Porém, isso não significa que o ensino desse idioma não possa ser pensado na organização dos currículos da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Ao contrário, a BNCC estabelece um modelo curricular que pode traçar paralelos com as demais disciplinas, sugerindo uma interligação com outras habilidades, ampliando capacidades expressivas, artísticas e corporais.
Aprender em inglês
Na prática, o grande ganho é garantir o desenvolvimento de habilidades e competências de forma ampla. Desta forma, o conceito de “aprender em inglês” e não somente “aprender o inglês” ganha força. Assim, a intenção é integrar os eixos e os campos de experiência da Educação Infantil como os princípios de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer.
“Trabalhar com perspectivas do eu e do outro, do respeito e da autopercepção, assim como exercitar a escuta e a imaginação permitem vivenciar esses aprendizados”, explica a consultora bilíngue-internacionalização da Rede Marista de Colégios, Elizabeth Dantas.
Elizabeth enfatiza que utilizar a língua como meio de aprendizado é uma grande conquista. O inglês pode ser considerado uma forma de se expressar que precisa fazer sentido no cotidiano das crianças.
“Gerar sentido é o que move o interesse pelo verdadeiro aprendizado, que precisa ser relevante”, ressalta.
Nesse sentido, é proposto um diálogo curricular para definir habilidades, conteúdos, saberes e conhecimentos.
“Nosso principal objetivo, com a inserção do inglês no currículo da Educação Infantil, é manter uma coerência didático-pedagógica que proporcione às nossas crianças experiências e situações significativas”, explica a consultora.
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