Adolescência

Como a música atua no processo de autoconhecimento?

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Experiência musical pode favorecer a formação de caráter e socialização em adolescentes

A música está presente e influencia no processo de autoconhecimento de maneira constante, desde a gestação até a velhice. Essa atuação pode variar de acordo com o contexto social, cultural e de oportunidades musicais a que fomos submetidos. Seja qual for a circunstância, a experiência musical sempre estará presente de alguma forma ao longo da nossa existência.

“Podemos dizer que o ser humano possui um ciclo de vida musical”, afirma o músico e professor Cadmo Amaral Luiz. Na fase da adolescência, por exemplo, a música ajuda a desenvolver o autoconhecimento. A habilidade, extremamente positiva para a evolução humana, é favorecida por meio da construção, expressão e formação de caráter. Outro benefício é a melhora na autoimagem e na elaboração de sentimentos, além de percepção de sua importância na sociedade, dentro de um determinado contexto social.

Equilíbrio por meio da música

Em determinado momento, conta Amaral, os adolescentes passam por uma transição: ou se aprofundam em um estilo musical com o qual já têm familiaridade ou partem para uma nova busca. Este é um momento em que o jovem começa a conhecer melhor as suas preferências, auxiliado pelas práticas musicais com que tem contato. “Isso vai contribuir a longo prazo para o processo de autoconhecimento, fortalecendo raízes, inclusive para a vida a adulta”, ressalta o músico. Sendo assim, a adolescência é uma fase na qual a música participa de maneira mais intensa na formação do “eu” de todos os seres humanos.

A música sempre foi um elemento que proporcionou a interação e tem diversas funções na socialização do jovem, seja cantando, ouvindo ou vendo apresentações, proporcionando momentos de união, reforçando laços e estabelecendo valores. “Estes encontros acontecem de maneira frequente na rotina dos jovens e vai interferir diretamente nas suas escolhas. Neste sentido, a influência da música é uma das mais fortes que existem”, explica Amaral.