Comportamento

TikTok e Reels: como orientar sobre o uso seguro de redes sociais 

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Que as dancinhas do TikTok e as trends do Reels são um fenômeno, todos já sabem. Porém, o que ainda não é conhecido são os impactos das redes sociais a médio e longo prazo, sobretudo em crianças e adolescentes, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento 

Por isso, além dos cuidados com o uso e excesso de telas de forma geral, é importante que pais e cuidadores estejam atentos para garantir a segurança online e evitar o cyberbullying. “Quando falamos sobre segurança online, infelizmente é comum que muitos pais desconheçam completamente”, alerta a especialista em tecnologia, Fernanda Musardo.  

Ou seja, para garantir mais proteção para a criança e para o adolescente, os pais podem (e devem) acompanhar tudo de perto. Isso pode ser feito olhando os comentários que o filho faz em outras contas, o tipo das pesquisas que ele busca e o que anda curtindo nas redes sociais. “Hoje, as plataformas já oferecem esse controle, você consegue ver o histórico da conta e ficar mais seguro sobre o conteúdo que está sendo consumido”, orienta a especialista. 

Redes sociais: entender como funciona

Mesmo que não tenha uma conta no TikTok, é preciso que os pais ao menos compreendam o funcionamento da rede. A plataforma é baseada em vídeos curtos, que vão de 15 segundos a 10 minutos de duração cada. Quando é criada uma conta, o algoritmo analisa o perfil de usuário e passa a oferecer conteúdo personalizado. 

Ou seja, em pouco tempo, você só irá receber conteúdos que te interessam, o que estimula o usuário a passar cada vez mais tempo online. Aqui o ponto de atenção é que existem muitos conteúdos inadequados para crianças e adolescentes, que envolvem desde violência e bullying até desafios perigosos que colocam a vida em risco. 

Portanto, é essencial que os pais acompanhem e orientem o uso, uma vez que crianças e adolescentes ainda em formação não têm condições de avaliar possíveis riscos. Ainda que exista restrição de idade, muitas crianças com menos de 12 anos já estão logadas porque não existe uma checagem segura que as impeça de fazer isso. 

Riscos à saúde mental

A maior parte dos usuários do TikTok são crianças e jovens, dos quais muitos ficam expostos a todo tipo de conteúdo sem que os pais e cuidadores saibam o que está acontecendo. Porém, se por um lado há a busca pelos likes, por outro, existe o risco do cyberbullying. 

O cyberbullying pode levar a quadros graves de ansiedade e depressão, e merece toda a atenção dos adultos. É preciso estar sempre atento a mudanças de comportamento e estabelecer, junto aos filhos, combinados para tornar o uso das redes sociais o mais seguro possível. Limitar os comentários nas postagens, acessar de vez em quando o que o filho está publicando e manter um canal de diálogo é o mais importante. 

Além disso, outras iniciativas podem ajudar a saber o que o filho faz nas redes sociais, confira: 

1. Acompanhe as tendências  

Para estar por dentro do que o seu filho acessa, é preciso se informar sobre os sites, redes sociais e aplicativos mais usados no momento. Assim, fica mais fácil de entender os seus gostos e o que está na moda para conseguir dialogar e orientar sobre o uso seguro. 

2. Mantenha o diálogo aberto  

O diálogo em família é fundamental para que as crianças compreendam os riscos que a internet oferece. Para que esse processo seja produtivo, é preciso considerar a idade dos filhos e um tipo de abordagem própria. Acima de tudo, deixe claro que sempre estará aberto para conversar sobre qualquer assunto.  

3. Seja o exemplo 

Antes de mais nada, é preciso dar o exemplo de bom uso da internet. Portanto, além de orientar os filhos também é necessário olhar para os seus próprios hábitos de uso. Essa conscientização em família é importante para que as crianças compreendam qual é a forma de uso segura. 

4. Use softwares de monitoramento 

Uma forma de garantir que as crianças não entrem em sites e conteúdos impróprios é usar softwares de monitoramento. Existem diversas opções, entre os mais conhecidos estão: 

  • Google Family Link: é possível limitar o uso de cada aplicativo e bloquear alguns deles, monitorando o tempo de uso. 
  • Qustodio: o software consegue bloquear contatos, limitar o uso dos aparelhos e bloquear conteúdos impróprios. 
  • Kaspersky Safe Kids: bloqueia o acesso a sites e apps inadequados e tem uma ferramenta que informa sobre postagens em redes sociais. 
  • You Tube Kids: gerencia o tempo em que as crianças passam no app e desliga a pesquisa para evitar que crianças encontrem conteúdos inadequados.