Infância

Saiba como preparar os filhos para o retorno presencial das aulas!

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A perspectiva de retorno presencial das aulas convida à reflexão e à preparação também em âmbito emocional

O período de pandemia mudou a rotina de todas as famílias, trazendo muitos desafios que incluem a organização de uma nova rotina e as atividades escolares remotas. Por isso, a pergunta: como preparar os filhos para o retorno presencial das aulas? Além de se adequar ao lado prático, é preciso lembrar o quanto o aspecto emocional é afetado por todas essas alterações.

A perspectiva do retorno às aulas presenciais é mais um momento que nos convida à reflexão e à preparação também em âmbito emocional.

“Nesse período, muitas preocupações perpassam o cotidiano de todas e todos nós, atingindo em cheio nossas emoções”, observa o psicólogo Pedro Braga Carneiro, especialista da Rede Marista de Educação Básica.

Cabe ressaltar que o retorno às atividades presenciais só deverá ocorrer mediante autorização das autoridades em saúde. Mesmo sem uma data precisa de retorno em cada cidade, algumas atitudes podem ajudar no diálogo com as crianças sobre o retorno.

Confira dicas de como preparar as crianças para o retorno das aulas

Lide com as expectativas

Uma estratégia para trabalhar com as expectativas das crianças é dar vazão à imaginação. Como você imagina que vai ser quando voltar para sua escola? Do que está com saudades? O que vai querer fazer quando estiver lá novamente?

“Esse pode ser um exercício interessante, pois quando falamos, colocamos para fora alguns sentimentos que estamos experimentando”, ressalta o psicólogo.

Contudo, se perceber que esse exercício está gerando ansiedade na criança, não precisa forçar, haverá outros momentos para que tais reflexões possam ocorrer naturalmente.

Desenvolva a paciência

Essa é uma estratégia importante não apenas para o retorno das aulas presenciais.

“A vivência da pandemia tem nos mostrado o quanto é importante contrabalançar o ritmo acelerado e imediatista do dia a dia, especialmente com as crianças”, lembra Carneiro.

Sendo assim, um meio interessante pode ser a realização de atividades que evidenciem o processo, nas quais se perceba a contagem do tempo e os prazos necessários para cada etapa. Cultivar plantas, montar um calendário de datas especiais, propor jogos mais elaborados podem ser estratégias nesse sentido.

Oriente as crianças

Quando houver uma sinalização objetiva quanto ao processo de retorno às atividades presenciais, os pais podem repassar com as crianças as orientações de saúde, higiene e segurança. Será importante perceber que haverá restrições de atividades, de contato físico, de aglomeração, que ainda serão necessárias, o que poderá causar frustrações. Carneiro ressalta que, nesse sentido, é importante que as crianças entendam a necessidade dessas medidas.

“Cabe ressaltar que não é preciso suprimir as eventuais frustrações. É justo que sejam vividas, lamentadas, acolhidas e compreendidas”, aconselha.

Quando as atividades presenciais retornarem

Neste momento, o acompanhamento de mães, pais e responsáveis será fundamental para que as crianças possam compreender o momento.

Assim, a pergunta tradicional “como foi seu dia na escola?” pode não ser a melhor estratégia.

“É uma pergunta um tanto vaga, nem sempre as crianças conseguem abstrair e responder adequadamente”, explica o psicólogo.

Sendo assim, ele orienta que uma estratégia pode ser lançar mão de perguntas mais objetivas, tais como: você aprendeu alguma coisa legal hoje? Conversou com a professora? Com qual dos seus amigos você conversou mais? Houve alguma novidade, alguma surpresa? Vocês leram algum texto, contaram alguma história, foram no parque, teve aula de matemática? Desse modo, incentiva-se o diálogo e poderá se perceber como a experiência do retorno será vivenciada pela criança.

Converse com a escola

O momento tem provocado dúvidas, dificuldades? Entre em contato com a equipe escolar, troque impressões, percepções, questionamentos.

“Vivemos um contexto atípico, que pode trazer situações inusitadas. Vamos encontrar juntos caminhos viáveis para superar, ou pelo menos lidar com as limitações da melhor forma possível”, conclui Carneiro.

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