Palavra do Especialista

Cyberbullying: o que fazer para evitar?

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Manter a comunicação aberta, especialmente quando os filhos chegam à adolescência, é a chave para lidar com muitos problemas

Ao contrário do bullying, detectar o cyberbullying pode ser mais complicado, já que tudo acontece no universo virtual. Esse termo define qualquer forma de assédio moral que uma pessoa possa sofrer nas redes sociais, sites, blogs ou em aplicativos de mensagens.

A prática é caracterizada por ofensas recorrentes e repetitivas a uma pessoa, podendo fazer com que ela venha a ter problemas emocionais, preocupação e outros sentimentos ruins. Neste tipo de bullying não é necessário que o agressor e a vítima estejam próximos, ele pode ser feito a partir de qualquer lugar do mundo e a qualquer momento.

Embora a situação possa parecer assustadora e desafiadora para os pais identificarem quando os filhos estão sendo vítimas, muitos dos sinais e soluções são semelhantes ao bullying face a face. Por isso manter a comunicação aberta com seu filho, especialmente quando eles chegam à adolescência, é a chave para lidar com muitos problemas.

O que fazer para prevenir o cyberbullying?

Mesmo que não haja maneira de impedir totalmente o cyberbullying, existem maneiras de ajudar e educar os filhos.  É fundamental que as crianças e adolescentes saibam como usar a internet de forma segura, não se expor, quais cuidados tomar para proteger o computador e o smartphone, e principalmente, o que fazer quando for ofendido no ambiente digital. 

“Os jovens devem ter seus direitos respeitados em todos os espaços de interação. Respeitar a posição de todos deve ser uma maneira de se relacionar com o mundo, para construirmos juntos um futuro mais ético, justo e solidário”, afirma a coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), Cleusa Diniz.

Veja algumas medidas importantes para evitar o cyberbullying:  

  • Ensine seu filho a se comunicar on-line: lembre-se de que os comentários e a escrita podem ser articulados de maneiras diferentes (o receptor não pode ver as expressões faciais ou tons de voz e, portanto, as piadas podem ser levadas a sério). 
  • Deixe-os cientes do amplo alcance do que enviam: é difícil apagar completamente nossa “pegada digital” e, portanto, seu filho pode não ter conhecimento de que o que ele está enviando somente para um amigo, por exemplo, pode ser potencialmente disponibilizado para mais pessoas do que o receptor. 
  • Procure sinais em seus filhos de que eles estão sofrendo bullying: alguns sintomas podem incluir mudanças de comportamento, comportamento solitário excessivo, depressão.
  • Aumente a confiança dos seus filhos: isso os ajudará a lidar com o assédio moral na internet e a evitar a necessidade de eles mesmos praticarem cyberbullying. 
  • Mantenha uma comunicação aberta: muitas vezes é útil compartilhar suas preocupações com outros pais, especialmente se seus filhos fazem parte do mesmo grupo de amigos. Discutir suas preocupações com a escola também pode ajudar a prevenir o agravamento da situação.