Palavra do Especialista

Por que as crianças não serão vacinadas agora?

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Vacinas contra o novo coronavírus ainda não foram testadas no grupo pediátrico

A tão esperada vacina chegou ao Brasil e já começou a ser aplicada seguindo o calendário de imunização, de acordo com os grupos prioritários. Mas uma categoria importante está ausente: as crianças. Você sabe o por quê? 

“As crianças não serão vacinadas agora porque, até o momento, as vacinas que estão sendo liberadas pelos setores regulatórios dos mais diversos países ainda não realizaram estudos em pacientes pediátricos”, esclarece o médico pediatra Victor Horácio. 

Mesmo que o ideal seja que todas as pessoas sejam vacinadas, ou pelo menos o maior número possível, está sendo priorizado o grupo de maior risco de desenvolver complicações ou que tem maior exposição ao vírus, como os idosos e os profissionais da saúde. 

As crianças correm riscos ao não serem vacinadas?

O médico orienta que não há motivo para preocupação. O fato de ainda não sabermos quando serão vacinadas não significa que as crianças estejam em perigo, isso porque as pessoas que estão à sua volta, como pais e professores, serão imunizados.

“As crianças, num histórico da pandemia, foram menos afetadas quando comparadas aos adultos”, ressalta o médico pediatra Victor Horácio. 

A vacina gera um impacto coletivo capaz de garantir maior segurança para a população como um todo. Ou seja, quanto mais pessoas imunizadas, maior a chance de proteger quem não tomou a vacina.

No entanto, é importante ressaltar que, mesmo após a vacina, as medidas de proteção continuam a valer, como o distanciamento social, a etiqueta da tosse, o uso de máscaras e a higienização das mãos. 

“Criança pega covid também, mas se mantivermos os cuidados, a tendência é que elas fiquem protegidas”, conclui o médico.

Veja os principais pontos da estratégia preliminar da vacinação contra a Covid-19:

Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.

Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.

Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).

Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.