Comportamento

Meu filho tem amigos imaginários: é normal?

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A fantasia e a imaginação fazem parte do desenvolvimento das crianças

As crianças gostam de criar, inventar e dramatizar! Enxergam um tambor em uma panela, um toco de madeira vira um telefone e um simples pedaço de pano pode se transformar em um bebê. Por volta dos quatro, cinco anos, acontece o ápice do período de representação simbólica e algumas delas vivenciam a experiência de ter um amigo imaginário. 

Diante disso, é comum que muitos pais não saibam ao certo como agir. Mas na verdade, isso é normal e até benéfico, já que a fantasia e a imaginação fazem parte do desenvolvimento das crianças em vários aspectos: contribuem para a criatividade, para aprender a se relacionar com outras pessoas e lidar com suas emoções, frustrações e sentimentos. Então, não há com que se preocupar.

Como as crianças desenvolvem a imaginação?

Cada etapa do desenvolvimento infantil tem suas particularidades e os interesses e desinteresses nas brincadeiras das crianças vão confirmando o seu crescimento.

“O jogo simbólico ou o faz de conta, é uma fase que normalmente aparece após os dois anos quando as crianças começam a verbalizar seus pensamentos”, explica a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Criciúma, Claudia Kochhann de Lima.

Então, é comum que os pequenos escolham um de seus bonecos, personagens de histórias de livros, filmes ou desenhos animados ou outros brinquedos que fazem parte do seu cotidiano e os transformem em seu amigo imaginário. As crianças costumam narrar fatos e situações em que esse amigo está presente. 

Como lidar com os filhos que têm amigos imaginários?

As crianças usam esse “brincar” como uma forma de compreender a realidade, situações vividas em que ainda buscam respostas para internalizar e compreender as suas próprias emoções.  

“Mas conforme vão crescendo, elas começam a perceber que esse amigo não faz mais sentido, pois já tem condições de diferenciar o que é fantasia e o que é realidade”, lembra Claudia.

Os pais cujos filhos têm esses amigos imaginários devem agir naturalmente, aceitar, mas não supervalorizar. Quando a criança já tem de cinco a seis anos, já é possível falar que esse amigo está apenas na sua imaginação, pois nessa fase as crianças já têm uma percepção significativa do que é fantasia e realidade.