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Papo Cabeça #5: Temas do Enem – desigualdade social

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Assista ao episódio 5 do Papo Cabeça:

Papo Cabeça levanta um assunto muito relevante para todos os brasileiros

A desigualdade no Brasil, um dos temas que mais aparece nos exames do Enem, é o assunto da vez na quinta edição do Papo Cabeça, com a participação da consultora de Sociologia e Interioridade Marcia Oliveira e Pedro Braga Carneiro, coordenador psicossocial da Rede Marista de Educação Básica, e do professor de Filosofia do Colégio Marista Anjo da Guarda, Bruno Ponte.

Segundo estudo da instituição Oxfam, o Brasil é um dos 10 países mais desiguais do mundo. Em relação à renda, os 5% mais ricos recebem por mês o mesmo que o restante de 95% da população.

“Temos uma massa da população muito empobrecida, é um problema que precisa ser debatido”, ressalta Ponte.

Entretanto, o que significa exatamente o termo “desigualdade”? A consultora de Sociologia e Interioridade Marcia Oliveira explica que a desigualdade não é uma mera diferença.

“Quando falamos em desigualdade, estamos falando de assimetria, de distâncias. É caracterizada por uma necessidade básica cujo atendimento gera privilégio de um determinado grupo em detrimento de outro”, afirma.

O psicólogo Pedro Braga Carneiro sublinha que a desigualdade não é a mesma coisa que pobreza – que significa não somente a falta de acesso aos bem materiais, mas também a ausência de perspectivas.

“Há muitos impactos inclusive na subjetividade do indivíduo. Ele é tratado com pessoa ruim, indigna, que não tem valor. Como essa pessoa vai se sentir em reação ao mundo? Essas dimensões simbólicas também são aspectos da exclusão”, explica.

Superar o cenário da desigualdade é desafiador, mas Carneiro sugere algumas atitudes que podem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.

“É necessário apostar em relações mais solidárias e humanas. Para isso, precisamos sair do nosso local de conforto e diversificar os ciclos de convivência social e as nossas fontes de informação. Colhendo diferentes referenciais, caminhamos para uma sociedade mais igualitária”, conclui.