Comportamento

Mitos parentais que foram desmascarados pela Ciência

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Se tornar mãe e pai significa ouvir muitos conselhos sobre a criação dos filhos. Porém, muitos palpites de como educar uma criança podem dificultar as coisas. Isso porque costumam ser opiniões que não têm base em evidências científicas, o que pode confundir e levar os pais a escolhas erradas.

Para ajudar a identificar conselhos que funcionam (ou não) selecionamos 5 mitos parentais que foram desmascarados pela Ciência. Confira:

  1. Quando crescer, passa

Começamos por esse, que entende a criança como alguém que ainda será alguma

coisa. Ou então, que resume a criança a uma subcategoria, em que suas opiniões, percepções e sentimentos não são validados nem respeitados. 

A orientadora pedagógica de Educação Infantil do Colégio Marista Santa Maria, Fernanda Augusta da Cruz Silva, ressalta que muitas vezes inferiorizamos a criança mesmo tentando ser bondosos. “Não é considerado que essa criança já faz sua leitura particular das situações e pessoas que a cercam, e que todo esse repertório já é a sua vida”.

  1. Umas palmadinhas não fazem mal a ninguém

Historicamente, em especial na cultura europeia e ocidental, a criança era associada a

um indivíduo que precisava ser domado. E isso remetia à violência e castigos. No entanto, com a colonização, essa crença foi se enraizando e se espalhando como prática aceitável. 

Muitas pessoas acreditam que educar é isso e ponto. Porém, antes de mais nada, é preciso lembrar que educação não combina com violência e agressividade. “Ao contrário, a criança aprende mais através do exemplo. Que exemplo damos quando batemos para tentar corrigir um comportamento?”, indaga a orientadora.

  1. Ele nasceu assim. Puxou o pai

É uma afirmação falsa, pois considera como se tudo estivesse determinado no nascimento e o desenvolvimento do cérebro do bebê fosse meramente genético não dependendo do ambiente, de estímulos e interações. 

Porém, já é cientificamente comprovado que o cérebro nasce imaturo e são as experiências e estímulos sensoriais que vão determinar como acontecerão as sinapses. Ou seja, como a transmissão e a conexão das informações se darão.

  1. Dar muito colo vai deixar a criança mal-acostumada e mimada

Muitos tratam o colo como um “vício”, um reforçador de “birras” por acreditarem que a

criança não criará resistência à frustração. Na verdade, o colo ensina confiança, ajuda

a regular o comportamento, acalmando as emoções.

Com isso, crianças que crescem cercadas de amor se tornam adultos mais felizes e seguros.

  1. Quanto mais cedo aprender a ler e a escrever, melhor

Primeiramente, para a leitura e a escrita, muitas habilidades precisam ser apresentadas e estimuladas

como pré-requisitos. Antes de ler e escrever a criança precisa jogar e brincar; conhecer

e explorar o corpo e construir identidade e autonomia.

Além disso, são fundamentais atividades como recitar, contar e quantificar; cantar, dançar e apreciar música; vivenciar e explorar a natureza; pintar, desenhar e colar; diferenciar tamanhos, cores e formas, e tantas outras possibilidades de conhecimento de mundo, pessoas e relações. 

Ou seja, tomando por base o que nos diz a legislação e a neurociência, de modo geral a criança estará apta para iniciar seu processo de alfabetização a partir dos 6 anos.