Assista ao episódio 7 do Papo Cabeça:
Veja como o funcionamento do cérebro influencia nas escolhas do cotidiano
O neurocientista David Eagleman afirma que a realidade é muito mais subjetiva do que aparenta ser. Isso porque, ela não é passivamente registrada pelo cérebro, mas construída ativamente por ele. O funcionamento do cérebro e como isso influencia nas nossas escolhas do cotidiano serão debatidos no episódio 7 do Papo Cabeça, focado em neurociência e atenção seletiva dos jovens.
Participam da conversa Claudio Piecknik, consultor de Biologia da Rede Marista de Educação Básica, Michelle Ferreira da Costa, gerente da Casa de Formação L’hermitage e Marcos David Muhlpointner, professor de Ciências do Colégio Marista Arquidiocesano.
Michele explica que Daniel Kahneman distingue dois sistemas na mente, para o julgamento e a escolha: um, opera de forma intuitiva, que exige pouco esforço, o outro é consciente, responsável pelas atividades mais complexas, que exigem esforço e concentração.
“Um exemplo prático desses sistemas é quando aprendemos a dirigir. O sistema dois é requisitado porque é uma atividade complexa e exige um alto nível de concentração. Com o passar do tempo, essa ação passa a ser operada pelo sistema 1 porque não exige mais tanto esforço, conseguimos escutar uma música, conversar e dirigir ao mesmo tempo”, explica a especialista.
Cláudio ressalta que uma das características mais impressionantes do cérebro humano é a sua flexibilidade para aprender quase qualquer tarefa.
“Porém, a música da banda que eu mais gosto chama mais a atenção do que a equação da fotossíntese”, afirma.
Por qual razão isso acontece?
O fato de gostar mais da banda e menos de Biologia, por exemplo, favorece as sinapses das áreas de atenção do cérebro para que esse tipo de informação seja melhor memorizado.
“Como o nosso cérebro trabalha com um mecanismo de recompensa, o prazo de você se sentir feliz com a música é imediato, enquanto que a informação da fotossíntese será recompensada só na prova e no vestibular”, lembra Marcos.
